O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) quer que a primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, e a atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, sejam investigadas por possível improbidade administrativa e propaganda eleitoral antecipada, em razão do pronunciamento de Dia das Mães, nesse domingo (8/5).
Menos de 24 horas após o discurso, feito em cadeira nacional de rádio e TV, o petista protocolou, na manhã desta segunda-feira (9/5), representação contra as duas na Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo ao chefe do órgão, Augusto Aras, a abertura de inquérito.

Jair Bolsonaro e a esposa, Michelle BolsonaroReprodução/Instagram

Michelle e Jair Bolsonaro se conheceram em 2006, quando ela trabalhava como assessora parlamentar no gabinete do atual marido. Na época, ele ainda era deputado federal. A diferença de idade entre os dois é de 27 anos Reprodução/Instagram

Em 2007, o casal oficializou a união no civil e, no ano seguinte, Michelle acabou exonerada do cargo após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibia o emprego de parentes no serviço públicoReprodução/Instagram

Para realizar o sonho da esposa de ser mãe pela segunda vez, Bolsonaro reverteu a vasectomia que havia feito. A primeira filha do casal, Laura, nasceu em 2010 Reprodução/Instagram

O casamento, em uma cerimônia evangélica, ocorreu em 2013 e foi celebrado pelo pastor Silas Malafaia, no Rio de Janeiro, com cerca de 150 convidados. Michelle é a terceira esposa do presidenteReprodução/Revista Festejar Noivas RJ

A demonstração de amor pelo marido não se restringe apenas às publicações nas redes sociais. Michelle tatuou o nome “Jair” no pulso, em homenagem ao amadoReprodução/Instagram

Em julho de 2021, o Metrópoles revelou com exclusividade que o casamento da primeira-dama com o presidente estaria em crise há meses por causa da relação de Michelle com os filhos mais velhos de BolsonaroReprodução/Instagram

O casal completou 14 anos de casados em novembro de 2021 e, depois de uma fase turbulenta, os pombinhos mostram que a relação voltou às boas Reprodução/Instagram
Falcão alega que a primeira-dama não poderia, nem teria motivo, para participar da mensagem à nação convocada por uma ministra de Estado. Na avaliação do parlamentar, a razão não poderia ser outra senão fazer propaganda eleitoral para o marido, o presidente Jair Bolsonaro.
“Michelle Bolsonaro é apenas primeira-dama e Presidente de um Conselho que trata de políticas públicas relacionadas ao Trabalho Voluntário. Não existe, com o máximo respeito, qualquer razão jurídica para que tivesse protagonismo na mensagem de Dia das Mães”, justifica o petista.
O deputado ainda lembra em seu pedido que Michelle foi escalada pela campanha de Bolsonaro para ajudar a reduzir a rejeição do atual presidente da República entre as mulheres.
“Foi para atingir essa finalidade eleitoreira que Michelle Bolsonaro, a Primeira-Dama, se apresentou como uma mãe sensível, como uma mulher conhecedora das dificuldades de tantas mães brasileiras e que poderia, justamente por isso, atuar em benefício das eleitoras influenciando seu marido na tomada de decisões que favoreçam as brasileiras”, assinala o parlamentar.
Falcão, que foi presidente nacional do PT até 2017, será o coordenador de comunicação da campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto este ano junto ao prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência no governo Dilma Rousseff, Edinho Silva.