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Deputado atropela governo e propõe plano de produção de fertilizantes

O parlamentar protocolou projeto em meio ao receio do Brasil de não conseguir comprar fertilizantes da Rússia após a invasão da Ucrânia

atualizado

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Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Paulo Eduardo Martins
1 de 1 Paulo Eduardo Martins - Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Um parlamentar da base bolsonarista se antecipou ao próprio governo federal e protocolou, na quinta-feira (3/3), um projeto de lei na Câmara para acelerar a produção de fertilizantes no Brasil.

A proposta foi apresentada pelo deputado Paulo Martins (PSC-PR) em meio ao receio expressado pelo governo brasileiro de não conseguir comprar fertilizantes da Rússia em razão do conflito com a Ucrânia.

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Com o projeto, Martins se antecipou à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que anunciou que deve apresentar “até o final de março” um plano para incentivar a produção de fertilizantes no Brasil.

O projeto apresentado por Paulo Martins cria o “Plano de Aceleração da Produção de Fertilizantes”. Por meio dele, o governo dará benefícios a empresas com projetos aprovados para o fomento à fabricação de biofertilizantes.

“Revela-se imprescindível a presente proposição com o objetivo de que o Plano de Aceleração viabilize incentivos tanto para a fabricação de biofertilizantes quanto para o enfrentamento da falta de estrutura logística, defasagem tecnológica e falta de conhecimento geológico”, diz Martins em sua justificativa.

Estão incluídas ainda, na proposta do deputado, pessoas jurídicas com ideias de “melhoria da logística, tecnologia e mapeamento geológico no país sobre áreas potenciais para a produção de fertilizantes”.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu recentemente a exploração de potássio em terras indígenas na Amazônia, visando justamente a produção de insumos agrícolas.

Atualmente, Brasil é dependente da importação de fertilizantes vindos da Rússia. Por causa da invasão da Ucrânia pelo país euroasiático, a chegada de novas remessas do insumo foi descartada pelo Ministério da Agricultura.

O estoque atual suporta até outubro de 2022, segundo a ministra Tereza Cristina.

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