Após três meses, ministro define delegada para setor de extradição
Em meio à polêmica da extradição do blogueiro Allan dos Santos, o ministro da Justiça, Anderson Torres, mudou o comando do setor
atualizado
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Três meses após exonerar a delegada responsável pelo setor em meio à polêmica da extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, o ministro da Justiça, Anderson Torres, decidiu efetivar com diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da pasta a também delegada da Polícia Federal Priscila Macorin.
Até então número 2 da área, ela respondia interinamente pelo setor desde 10 de novembro de 2021. Naquele dia, a então titular da área, delegada da PF Silvia Amélia, foi exonerada por não ter avisado à cúpula do Ministério que havia dado prosseguimento ao pedido de extradição de Allan dos Santos. Como noticiou a coluna, Anderson Torres classificou episódio como “facada nas costas”.
A principal irritação do ministro da Justiça foi só ter tomado conhecimento do envio do pedido de extradição ao Itamaraty mais de 15 dias após o processo ter sido remetido ao Ministério das Relações Exteriores para que fosse encaminhado aos Estados Unidos.
A nomeação de Priscila como diretora do DRCI já foi assinada por Anderson Torres e deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União (DOU). No Ministério da Justiça, a efetivação da delegada no cargo tem sido usada para defender que exoneração de Silvia Amélia foi pontual e que haverá “continuidade” do trabalho.