metropoles.com

Ao STF, AGU diz que dados exibidos por Bolsonaro não estavam em sigilo

Em recurso ao STF, AGU alega que o sigilo dos documentos exibidos por Jair Bolsonaro só foi decretado após a live que presidente os divulgou

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Bolsonaro live 1
1 de 1 Bolsonaro live 1 - Foto: Reprodução

No recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) protocolado nesta sexta-feira (28/1), a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou argumentos não só para tentar evitar o depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal, como também para rebater o mérito da acusação em si contra o presidente.

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro deveria ter prestado depoimento nesta sexta no âmbito do inquérito em que o presidente é acusado de ter vazado, em agosto de 2021, informações supostamente sigilosas de outra investigação sobre um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

10 imagens
A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
1 de 10

Daniel Ferreira/Metrópoles
2 de 10

A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

Getty Images
3 de 10

No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
4 de 10

O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

HUGO BARRETO/ Metrópoles
5 de 10

“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
6 de 10

Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
7 de 10

Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
8 de 10

O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

Micheal Melo/ Metrópoles
9 de 10

O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

Marcelo Camargo/ Metrópoles
10 de 10

“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

No recurso, ao qual a coluna teve acesso, um dos principais argumentos da AGU para rebater o mérito da investigação é o de que Bolsonaro não vazou documentos sigilosos porque, no dia em que o presidente compartilhou as informações, em 4 agosto de 2021, os autos do inquérito ainda não estavam sob segredo de justiça.

“O sigilo tão-somente restou decretado posteriormente à realização da live (04/08/2021)”, sustentou a AGU no recurso. O órgão cita depoimento à PF prestado em 31 de agosto de 2021 pelo delegado que cuidava do inquérito do ataque hacker, no qual ele nega que os dados estavam sob segredo de Justiça no dia da live.

“Indagado se referido inquérito constava no sistema de polícia judiciária da Polícia Federal com a etiqueta ‘sigiloso’, respondeu QUE não constava, que desde a sua instauração não foi cadastrado tanto no sistema SISCART, quanto no Epol a etiqueta ‘sigiloso'”, diz o trecho da oitiva do delegado anexado ao recurso da AGU.

Segundo auxiliares presidenciais, foi com base também nesse argumento que Bolsonaro decidiu faltar ao depoimento desta sexta, mesmo após a AGU ter confirmado que ele iria. “O sigilo foi decretado depois, conforme o próprio delegado, e aí acusam o Presidente de ter violado um sigilo inexistente”, disse à coluna um auxiliar.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?