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Análise: briga de Marçal e Tabata é a cara da eleição no Brasil

Perfis de Tabata Amaral e Pablo Marçal na eleição de 2024 são a cara do que acontece e continuará acontecendo no cenário político brasileiro

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Mulher branca de cabelos lisos e franja fala em frente a microfone; homem branco veste paletó cinza e gravata verde, ele olha para a câmera - Metrópoles
1 de 1 Mulher branca de cabelos lisos e franja fala em frente a microfone; homem branco veste paletó cinza e gravata verde, ele olha para a câmera - Metrópoles - Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados (esq.)/ Divulgação (dir)

A eleição municipal de 2024 em São Paulo surpreendeu quem apostou que a campanha seria polarizada entre o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Jair Bolsonaro, e o deputado Guilherme Boulos (PSol), apadrinhado pelo presidente Lula.

A briga que tem chamado a atenção mesmo é entre Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB). A dupla é, até agora, protagonista dos principais embates da campanha na cidade. Não é a toa. Juntos, eles — e a briga entre eles — são a cara das eleições e do momento político brasileiro.

Tabata é deputada federal desde 2019. Ela simboliza a continuidade da política partidária e das instituições democráticas. A pessebista, porém, também é a parte da “nova política”. Sua diferença é que ela defende uma forma mais ética de fazer política, mas sem o rompimento institucional.

Já Marçal é o oposto de Tabata. O ex-coach tem um perfil que ganhou as urnas na última década: o de candidatos rompidos não apenas com a política, mas críticos a instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto.

O candidato fez sua fortuna como coach, ensinando assalariados de classe média desesperançosa a retomar a “autoconfiança” em um ambiente de trabalho cada vez mais hostil. Agora, leva suas técnicas para tentar convencer o eleitorado bolsonarista.

O ex-coach se lançou candidato à Prefeitura de São Paulo, por exemplo, rejeitando o acordo de Bolsonaro com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Acordo que fez o ex-presidente apoiar a reeleição de Ricardo Nunes na capital paulista.

Mesmo se Marçal for eleito, isso não significa que ele vai virar um líder político desse campo político. Também não significa que Tabata conseguirá alçar voos maiores do que a Câmara. Mas não deve ser a última vez que veremos candidatos desses dois perfis em eleições.

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