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A reeleição de Pacheco e o voto de Sergio Moro

Senadores aliados de Rodrigo Pacheco acreditam que Sergio Moro não apoiará reeleição do atual presidente do Senado em 2023

atualizado 14/11/2022 16:09

Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar Matheus Veloso/Metrópoles

Aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já contabilizam ao menos uma dissidência na bancada do União Brasil durante a tentativa de reeleição do senador mineiro à presidência do Senado: a de Sérgio Moro.

Pelas contas de aliados de Pacheco, o senador eleito pelo Paraná não deve votar a favor da recondução de Pacheco ao comando da Casa, em fevereiro de 2023. A aposta é de que o ex-juiz apoiará o candidato dos bolsonaristas.

O PL, partido de Jair Bolsonaro, já anunciou que pretende lançar um nome contra Pacheco. Um dos caminhos seria a sigla filiar a ex-ministra Tereza Cristina (PP), eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul.

Negociação com Alcolumbre

Como noticiou a coluna, Davi Alcolumbre (AP) negocia o apoio do União Brasil à reeleição de Pacheco em 2023, em troca de o atual presidente do Senado apoiar o senador amapaense como seu sucessor, em 2025.

Nos cálculos de petistas que apoiam Pacheco, os votos do União Brasil, que terá uma bancada de 10 senadores a partir do próximo ano, podem garantir uma reeleição tranquila para o atual presidente do Senado.

Reaproximação

Moro, que deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferência na Polícia Federal, se reaproximou do presidente durante as eleições deste ano.

O ex-juiz da Lava Jato entrou para valer na campanha para o segundo turno, quando chegou a atuar como uma espécie de “consultor” do presidente da República nos debates contra Lula.

A aposta é de que, no Senado, Moro continuará mais alinhado ao bolsonarismo e, assim, deverá apoiar algum nome do grupo contra Pacheco na disputa interna da Casa.

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