Aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já contabilizam ao menos uma dissidência na bancada do União Brasil durante a tentativa de reeleição do senador mineiro à presidência do Senado: a de Sérgio Moro.
Pelas contas de aliados de Pacheco, o senador eleito pelo Paraná não deve votar a favor da recondução de Pacheco ao comando da Casa, em fevereiro de 2023. A aposta é de que o ex-juiz apoiará o candidato dos bolsonaristas.
O PL, partido de Jair Bolsonaro, já anunciou que pretende lançar um nome contra Pacheco. Um dos caminhos seria a sigla filiar a ex-ministra Tereza Cristina (PP), eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul.
Negociação com Alcolumbre
Como noticiou a coluna, Davi Alcolumbre (AP) negocia o apoio do União Brasil à reeleição de Pacheco em 2023, em troca de o atual presidente do Senado apoiar o senador amapaense como seu sucessor, em 2025.
Nos cálculos de petistas que apoiam Pacheco, os votos do União Brasil, que terá uma bancada de 10 senadores a partir do próximo ano, podem garantir uma reeleição tranquila para o atual presidente do Senado.
Reaproximação
Moro, que deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferência na Polícia Federal, se reaproximou do presidente durante as eleições deste ano.
O ex-juiz da Lava Jato entrou para valer na campanha para o segundo turno, quando chegou a atuar como uma espécie de “consultor” do presidente da República nos debates contra Lula.
A aposta é de que, no Senado, Moro continuará mais alinhado ao bolsonarismo e, assim, deverá apoiar algum nome do grupo contra Pacheco na disputa interna da Casa.