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Única sobrevivente do atentado a Marielle: “Quatro anos de impunidade”

Fernanda Chaves segue perguntando quem matou Marielle e Anderson, quem mandou matá-los e por quê; crime completou quatro anos sem respostas

atualizado

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Arquivo pessoal
Jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado a Marielle Franco, em frente a uma estante de livros
1 de 1 Jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado a Marielle Franco, em frente a uma estante de livros - Foto: Arquivo pessoal

A jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, segue perguntando quem matou seus amigos, quem mandou matá-los e por quê. Nesta segunda-feira (14/3), a execução completa quatro anos. E essas perguntas seguem sem resposta.

Em conversa com a coluna, Chaves afirmou que a demora na resolução do atentado abriu as portas para violência política contra as mulheres, expõe forças políticas que paralisam instituições e colocam a democracia brasileira em risco.

“Precisamos continuar perguntando quem mandou matar Marielle e o porquê, mas precisamos insistir também em outra pergunta tão pertinente quanto: que forças são essas que operam de modo que nem a Polícia Civil nem o Ministério Público tenham capacidade de resolver um dos crimes mais relevantes da história recente do Brasil. Está claro que existem forças impeditivas”, disse, acrescentando:

“A falta de um desfecho competente, além de desacreditar as instituições, abre uma porteira para ainda mais violência, sobretudo para as mulheres na política. Para falar só do partido da Marielle, o PSol, foram 18 mulheres parlamentares eleitas que foram ameaçadas de morte recentemente. O não esclarecimento desse caso põe a nossa democracia em xeque”.

Quatro anos depois que o carro com Marielle, Anderson e Fernanda foi crivado de balas no Rio de Janeiro, a investigação foi prejudicada por diversos contratempos. No mês passado, o quinto delegado responsável pelo caso começou a trabalhar. Três grupos de promotores já passaram pelo processo.

“São quatro anos de muitas saudades, muita tristeza e, pior, sem repostas. Quatro anos de impunidade”.

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