Sergio Moro seguirá sem marqueteiro até o fim deste mês, enquanto não define a que cargo concorrerá nas eleições pelo União Brasil. Um mês depois de deixar o Podemos e a pré-candidatura ao Planalto, Moro trocou o domicílio eleitoral para São Paulo e tem concentrado suas agendas no estado.
Nesta quinta-feira (5/5), o antigo marqueteiro de Moro, o publicitário argentino Pablo Nobel, começou a trabalhar para Tarcísio de Freitas, pré-candidato bolsonarista ao governo de São Paulo pelo Republicanos. Nobel havia sido contratado para a campanha de Moro pelo Podemos, quando o ex-juiz se preparava para a eleição presidencial.
No União Brasil, Moro teve a candidatura ao Planalto vetada e tem centrado esforços em São Paulo. Na última semana, Moro esteve em Piracicaba (SP) e Ribeirão Preto (SP). A sigla quer que o ex-ministro seja um puxador de votos no estado como candidato a deputado federal, mas Moro ainda avalia concorrer ao Senado.

Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos (PODE)Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sergio Moro (União)Andre Borges/Esp. Metrópoles

Durante a carreira, atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundoRafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2017, Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A sentença, no entanto, foi posteriormente anulada pelo STF, e Moro foi acusado de agir com parcialidade no julgamento. Como consequência, o ex-ministro teve todos os atos do processo anulados e Lula se tornou elegívelReprodução

Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo BolsonaroRafaela Felicciano/Metrópoles

Em 24 de abril de 2020, no entanto, o ex-juiz pediu demissão do cargo de ministro, após Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia FederalRafaela Felicciano/Metrópoles

Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro foi de mal a pior. O ex-juiz, inclusive, tornou-se forte oposição ao governo de Bolsonaro e, desde que deixou a magistratura e o Ministério da Justiça, passou a advogar e atuar como consultor para empresas privadasAndre Borges/Esp. Metrópoles

Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da RepúblicaFábio Vieira/Metrópoles

No decorrer da carreira, ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo. Sergio foi o único brasileiro a ser mencionadoFábio Vieira/Metrópoles

Rafaela Felicciano/Metrópoles