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Presidente do TCU abre fogo contra a política ambiental de Bolsonaro

Sem citar Bolsonaro, o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, disse que pessoas perderam a vergonha de “defender certos absurdos”

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, conversa com o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, durante evento em Brasília
1 de 1 O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, conversa com o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, durante evento em Brasília - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, criticou nesta quinta-feira (8/12) a política ambiental do governo Bolsonaro, mas sem citar nominalmente o presidente nem o ex-ministro Ricardo Salles.

Dantas disse que, “nos últimos anos, algumas pessoas que tinham vergonha de defender certas bandeiras saíram do armário”. Ele fez a declaração ao lado do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

“[Essas pessoas] vão perdendo a vergonha de defender certos absurdos como se fosse algo normal. O problema é que levamos para fora do Brasil uma imagem que não é a que temos”, disse Dantas, ao se referir a um “certo orgulho” de setores que “falam mal da agenda ambiental”.

Para o presidente do TCU, por mais que o discurso fosse útil para “mobilizar a militância”, as consequências foram “péssimas” para o Brasil no exterior.

“Por mais que se queira dar o desconto devido ao Joaquim [Leite, atual ministro do Meio Ambiente], houve um processo de desestruturação de algumas instâncias ambientais que foi percebido por agentes de mercado e que ganhou uma compreensão internacional que prejudicou o Brasil”, declarou.

Dantas fez um afago ao presidente eleito Lula ao dizer que a ida do petista à COP27 sinalizou ao mundo que o país terá “compromisso” com a agenda ambiental e que serão implementadas “medidas que farão justiça ao Brasil”.

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