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Jurídico da Caixa sabia de assédios de Pedro Guimarães, diz ex-funcionária ao MPF

Em depoimento, ex-funcionária afirmou que departamento jurídico da Caixa sabia de episódios de assédio sexual e moral de Pedro Guimarães

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal no governo Jair Bolsonaro
1 de 1 Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal no governo Jair Bolsonaro - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Uma ex-funcionária da Caixa afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que o departamento jurídico da estatal sabia dos episódios de assédio sexual e moral do então presidente do banco, Pedro Guimarães. Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho (MPT) processou Guimarães e cobrou que o bolsonarista pague uma indenização de R$ 30,5 milhões por danos morais.

Em junho deste ano, a coluna de Rodrigo Rangel mostrou que cinco funcionárias denunciaram o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por assédio moral e assédio sexual. Desde então, as investigações contra o ex-auxiliar de Bolsonaro seguem no MPF, MPT e no Tribunal de Contas da União. Guimarães nega irregularidades.

No depoimento aos procuradores, a ex-funcionária da Caixa relatou que, em 2019, procurou a Corregedoria e o departamento jurídico da Caixa. A ex-servidora buscava ajuda para apresentar uma denúncia que envolvia Pedro Guimarães.

Um dia depois de buscar a Corregedoria, segundo o depoimento, a ex-funcionária foi procurada por Guimarães. O então presidente da estatal demonstrou que sabia da comunicação à Corregedoria. Em regra, relatos de funcionários para corregedorias devem ser sigilosos, para proteger as vítimas.

Essa ex-funcionária disse que o setor jurídico sabia dos episódios criminosos de assédios sexuais e morais cometidos por Guimarães, bem como diversos outros funcionários da alta hierarquia da Caixa.

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