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GSI enviou até mês passado dados sobre viagens de Lula a braço-direito de Cid

Osmar Crivelatti, que pertenceu à ajudância de ordens de Bolsonaro, recebeu até julho os e-mails do GSI com informações das viagens de Lula

atualizado

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Alan Santos/PR/Divulgação
Bolsonaro e Mauro Cid
1 de 1 Bolsonaro e Mauro Cid - Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

O tenente Osmar Crivelatti, braço-direito de Mauro Cid e atual assessor de Bolsonaro, recebeu até julho os e-mails do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com informações sensíveis sobre as viagens nacionais e internacionais de Lula.

Crivelatti integrou a ajudância de ordens da Presidência no governo Bolsonaro. Ele permaneceu na lista de transmissão que o GSI usa para informar detalhes sobre os eventos oficiais de Lula, como os horários dos voos presidenciais e os contatos dos coordenadores das viagens.

A coluna mostrou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso e alvo da CPMI do 8 de Janeiro, também recebeu informações sobre viagens e eventos oficiais de Lula. Os e-mails do GSI foram encaminhados para Cid até março.

As mensagens que Cid recebeu partiram de três militares que trabalharam no GSI de Bolsonaro: Márcio Alex da Silva, Dione Jefferson Freire e Rogério Dias Souza.

Crivelatti recebeu os e-mails dos três profissionais e de outros quatro militares do GSI: Luciano Santos da Silva, Ricardo Pagy Braga, Jorge Luiz de Magalhães e Alexandre Pires Moraes. O segundo-tenente Luciano Santos da Silva foi o único que não trabalhou no governo Bolsonaro.

As mensagens estavam na lixeira do e-mail de Crivelatti, que, a exemplo de outros auxiliares de Bolsonaro, não apagou os e-mails definitivamente e deu brecha para que a Polícia Federal e a CPMI acessassem o material.

Crivelatti recebeu informações até sobre a ida de Lula para Washington, incluindo a relação com os celulares de todas as pessoas que acompanhavam o presidente nos Estados Unidos. O assessor de Bolsonaro também teve acesso ao clipping diário do GSI, com notícias nacionais e internacionais que a pasta julgava importantes.

A coluna questionou diretamente o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, atual chefe do GSI, sobre a falha na segurança presidencial, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.

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