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Exército revela razão da briga do chefe da Guarda Presidencial com a PM no 8/1

Ofício enviado pelo Exército ao Ministério da Defesa detalha a briga entre comandante da Guarda Presidencial e policiais militares no 8/1

atualizado

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Matheus Veloso/Metrópoles
Atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília
1 de 1 Atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O Comando do Exército enviou ao Ministério da Defesa um ofício em que detalha a briga entre o ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) Paulo Jorge Fernandes da Hora e policiais militares durante os ataques golpistas do 8 de Janeiro.

A discussão entre Hora e os policiais ocorreu no Palácio do Planalto e foi flagrada em vídeo. Segundo o Exército, o entrevero começou após a situação ter sido controlada no interior do Palácio. O ofício diz que o BGP, àquela altura, havia isolado o lado leste do Palácio e tinha formado um cordão para impedir o acesso dos golpistas aos locais desocupados.

“Uma fração da Polícia Militar do Distrito Federal adentrou nas instalações sem coordenação prévia com o BGP, utilizando granadas de efeito moral e de gás lacrimogênio”, informou o Exército. “Tal fato deflagrou uma discussão entre o Comandante do BGP e os policiais militares.”

Segundo o Exército, o desentendimento foi contornado após um integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ter informado que, “por ordem do Ministro do GSI, a partir daquele momento, a PMDF passaria a realizar as prisões dos manifestantes que se encontravam no interior do Palácio”. O GSI era chefiado, à época, pelo general Gonçalves Dias, o G. Dias.

O ofício é datado do último dia 26 e foi assinado pelo general de divisão Francisco Humberto Montenegro Junior, chefe do gabinete do Comandante do Exército. O documento foi compartilhado com a CPMI do 8 de Janeiro.

Hora deixaria o comando do BGP em fevereiro, mas o desligamento ocorreu ainda em janeiro, por pressão do Planalto. A divulgação do vídeo em que o militar discutia com a PM fez com que o governo desconfiasse da atuação de Hora durante a repressão aos golpistas.

O ministro da Defesa, José Múcio, chegou a dizer que Hora seria punido se as autoridades provassem que o militar foi leniente com os invasores.

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