Em 5 anos, ministério só fez um repasse ao RS para prevenir desastres
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional só fez um repasse a uma cidade gaúcha desde 2019; ciclone no RS matou 49 neste mês
atualizado
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Desde 2019, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional só fez um repasse a uma cidade do Rio Grande do Sul para prevenir desastres naturais. O pagamento, de R$ 900 mil, aconteceu em 2020. Pelo menos 49 pessoas morreram e 20,5 mil já ficaram desalojadas neste mês devido ao ciclone extratropical que atingiu o estado.
Os R$ 900 mil foram enviados em 2020 a Roca Sales (RS), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Foi o único envio de verbas para evitar desastres em cidades gaúchas durante quatro anos de governo Bolsonaro e nove meses de governo Lula. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
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Bombeiros trafegam nas ruas das cidades em canoas Divulgação/Bombeiros RS
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Moradores da região precisaram se abrigar em telhados para fugir da força das águas Divulgação/Bombeiros RS
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Moradores da região precisaram ser regatados com uso de helicóptero Divulgação/Governo RS
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Diante do aumento do nível de rios, casas ficaram submersas Divulgação/Governo RS
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A Defesa Civil tem emitido alertas sobre o risco de enxurradas Divulgação/Governo RS
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Um ciclone extratropical se formou na Região Sul, fazendo com que chuvas e ventos atinjam a localidade Divulgação/Governo RS
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Imagens aéreas do município de Lajeado mostram a dimensão do estrago deixado pelo ciclone Divulgação/Governo RS
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Milhares de famílias foram afetadas em dezenas de municípios do Sul do país Divulgação/Bombeiros RS
Roca Sales foi a segunda cidade mais afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul neste mês. Teve 11 mortes, número que só ficou abaixo de Muçum (RS), com 16 mortos.
Duas semanas antes do ciclone, o governo federal havia mapeado 10,6 mil pessoas em áreas com risco de desastre natural em três cidades gaúchas onde haviam morrido 18 pessoas.
Procurado, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional afirmou que “as ações de prevenção, enquanto obras estruturais, estão centralizadas no Ministério das Cidades”.
A afirmação da pasta contrasta com o fato de que, entre 2016 e 2020, o ministério fez dezenas de repasses para prevenir desastres naturais no estado de São Paulo. Ao todo, foram enviados R$ 120 milhões ao estado no período.
