A segunda pesquisa Ipespe de março, encomendada pela XP Investimentos, mostrou interrupção no movimento de recuperação de Jair Bolsonaro. No cenário estimulado de primeiro turno, o ex-presidente Lula oscilou de 43% para 44%. Já Bolsonaro registrou 26%, ante 28% no levantamento anterior, feito no início de março, seguido de Sergio Moro (9%), Ciro Gomes (7%) e João Doria (2%). Simone Tebet, Eduardo Leite, André Janones e Luiz Felipe D’Ávila tiveram 1% cada.
Na pergunta espontânea, Lula manteve 36%, e Bolsonaro oscilou de 26% para 25%. Moro obteve 5%, mas tem registrado gradual aumento, partindo de 1% em setembro de 2021. Ciro Gomes marcou 4%, João Doria 1%, enquanto André Janones, Simone Tebet e Boulos foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto.
Foram feitas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 21, 22 e 23 de março. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-04222/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Nos cenários de segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 54% a 31%, vantagem que se ampliou em 3 p.p. em relação ao levantamento anterior, quando Lula tinha 53%, e Bolsonaro, 33%. O ex-presidente ainda tem 37 pontos de vantagem em eventual disputa contra Leite, 35 contra Doria, 27 contra Ciro e 22 contra Moro. Jair Bolsonaro, por sua vez, bate Leite por 1 ponto, mas perde para Moro por 2, Doria por 3 e para Ciro por 12 pontos.

O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022 Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com cenário ainda longe de ser definido, já se fala em pelo menos 11 pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Alguns estão oficializados pelos partidos; outros, ainda nãoRaimundo Sampaio/Esp. Metrópoles

André Janones (Avante) – Deputado federal por Minas Gerais, Janone foi escolhido, em novembro de 2021, como pré-candidato do AvanteCâmara dos Deputados

Ciro Gomes (PDT) – A cúpula do partido diz que Ciro é pré-candidato, mas, após o primeiro turno da votação da PEC dos Precatórios, Ciro retirou o nome por discordar do partidoJP Rodrigues/Especial para Metrópoles

Felipe d'Ávila (Novo) – O partido Novo lançou o cientista político Felipe d'Ávila como pré-candidato da legenda à Presidência da RepúblicaReprodução/Instagram

Jair Bolsonaro (PL) – A filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal tem como objetivo a reeleição presidencial. No entanto, o nome do mandatário ainda não foi oficializado como pré-candidatoAlan Santos/PR

João Doria (PSDB) - Vencedor das prévias do partido, Doria está oficializado como pré-candidatoRodrigo Zaim/ Especial Metrópoles

Leonardo Péricles (UP) – Presidente oficial da sigla, Péricles é pré-candidato e vai concorrer ao cargo de presidente do Brasil em 2022Emiliana Silbertein/ Amanda Alves/ Manuelle Coelho/ Jorge Ferreira

Luiz Inácio Lula da Sila (PT) – O ex-presidente ainda não assumiu oficialmente a pré-candidatura, mas tem se movimentado para enfrentar os principais adversários em 2022Fábio Vieira/Metrópoles


Simone Tebet (MDB) – o nome da professora já foi lançado oficialmente pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e concorrerá em 2022Igo Estrela/Metrópoles
A pesquisa mostrou ainda que 75% dos brasileiros atribuem ao menos um pouco de responsabilidade pelo aumento dos preços de combustíveis à guerra na Ucrânia, 70% a Bolsonaro, 68% aos governadores, 60% aos governos anteriores de Lula e Dilma e 56% ao STF. Como os eleitores podiam apontar mais de um responsável, 21% deles acreditam que todos os fatores tiveram ao menos um pouco de responsabilidade.
A pesquisa também mediu a avaliação dos candidatos mais bem colocados em relação a posições que ocupam ou ocuparam no passado. Lula tem 58% de avaliação positiva (soma de quem respondeu Bom e Ótimo) de quando foi presidente, Moro de 33% de quando foi ministro da Justiça, Ciro 27% de quando foi ministro da Fazenda e da Integração nacional, Bolsonaro 26% no governo federal e João Doria 23% como atual governador de São Paulo.