Moraes está disposto a tomar medidas duras ao longo da condução do processo eleitoral, mas em suas primeiras semanas na presidência do TSE tentará primeiro engajar atores que hoje estão calados ou omissos em suas atribuições constitucionais, como Arthur Lira e Augusto Aras.
Em outros momentos ao longo dos últimos anos, Moraes conseguiu engajar tanto Lira quanto Aras em movimentos de freio de Bolsonaro.
Com Lira, outros ministros do STF e líderes partidários, Moraes articulou em meados do ano passado a derrota do voto impresso. Com Dias Toffoli, conseguiu fazer Augusto Aras contatar os procuradores-gerais de Justiça nos estados, mobilizando-os na contenção da insubordinação das PMs no 7 de setembro de 2021.
Moraes também aposta no contato político com militares para distensionar a relação do TSE com a caserna. O ministro acredita que há espaço para suavizar a relação, hoje em ebulição.
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
Getty Images
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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids
Micheal Melo/ Metrópoles
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois
Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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