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123Milhas operou por 10 dias enquanto preparava recuperação judicial

Segundo processo judicial, 123Milhas gerou certidão de falência 10 dias antes de anunciar que não emitiria mais passagens

atualizado

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Divulgação/123 Milhas
Imagem do logotipo da 123 Milhas, com letras e números coloridos e um fundo branco - Metrópoles
1 de 1 Imagem do logotipo da 123 Milhas, com letras e números coloridos e um fundo branco - Metrópoles - Foto: Divulgação/123 Milhas

A 123Milhas já preparava seu pedido de recuperação judicial 10 dias antes de anunciar aos clientes a suspensão da emissão de passagens, apontam documentos do processo. Nesta quinta-feira (31/8), a Justiça aceitou o pedido da empresa, que deve apresentar planejamento de reestruturação em até dois meses.

Em 8 de agosto, a 123Milhas gerou uma “Certidão cível de falência e concordata negativa” no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, como consta do processo, que também tramita na Justiça mineira. A Novum, sócia da empresa, também emitiu a certidão no mesmo dia.

O documento faz parte do pedido de recuperação judicial. A partir daí, a empresa continuou vendendo passagens normalmente por 10 dias, sabendo que não honraria os compromissos.

Foi só em 18 de agosto que a firma anunciou o cancelamento da emissão de passagens promocionais, afetando viagens marcadas entre setembro e dezembro deste ano. Primeiro, informou que devolveria dinheiro por meio de vouchers. Depois, ao pedir a recuperação judicial na última terça-feira (29/8), recuou e afirmou que não faria esses reembolsos.

A Justiça aceitou, nesta quinta-feira (31/8), o pedido de recuperação judicial da 123 e da Novum. Todas as cobranças ficam suspensas por seis meses. Em dois meses, as empresas devem apresentar um plano de recuperação. A recuperação judicial dá à empresa uma espécie de proteção enquanto elabora um plano aos credores com detalhes de como pagará as dívidas e reestruturará os negócios.

Desde que anunciou a suspensão da emissão das passagens, a 123Milhas tornou-se investigada no Ministério Público de São Paulo, no Ministério da Justiça e na CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara.

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metropoles.comGuilherme Amado

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