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Pacheco: “Não conseguiremos crescer com taxa de juros a 13,75%”

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, disse ao presidente do Banco Central que a redução da taxa Selic é “uma súplica”

atualizado

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Felipe Ferugon/LIDE
Fotografia colorida de homem discursando em púlpito
1 de 1 Fotografia colorida de homem discursando em púlpito - Foto: Felipe Ferugon/LIDE

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a taxa básica de juros, a Selic, durante seu discurso de abertura no Lide Brazil Conference, em Londres, nesta quinta-feira (20/4).

Pacheco afirmou que “nós não conseguiremos fazer o Brasil crescer com a taxa de juros a 13,75%”. “Se há algo que nos une, neste momento, é a impressão, o desejo e a obstinação de reduzir a taxa de juros no Brasil.”

Em discurso direcionado ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também participa do evento do Lide no Reino Unido, Pacheco ressaltou que as “marolas” políticas não podem interferir drasticamente na economia. O presidente do Congresso disse que, mesmo sob ambiente de “ruído”, o Brasil teve taxa de juros de 2% no passado.

“Eu gostaria de pedir muito. É uma súplica do Senado, meu caro presidente do Banco Central do Brasil”, discursou Pacheco. Assista trecho do discurso do presidente do Congresso:

O presidente do Senado fez questão de apontar que defende a autonomia do Banco Central. “A perspectiva da autonomia é para que o Banco Central não seja suscetível às interferências políticas indevidas, mas há um sentimento geral, hoje, de que nós precisamos encontrar os caminhos para a redução imediata da taxa de juros do Brasil, sob pena de sacrificarmos todo esse trabalho que temos feito, ao longo do tempo, de estabelecer esse ambiente, em busca de segurança para investimentos do Brasil”, pontuou.

Arcabouço fiscal

Pacheco disse que o projeto de lei complementar que cria o arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos, será “apreciado com rapidez”. O PLC foi encaminhado pelo presidente Lula ao Congresso na última terça-feira (18/4).

“Temos compromisso de responsabilidade fiscal. Apreciaremos o projeto de lei complementar com muita rapidez, tanto na Câmara quanto no Senado. Muito em breve, entregaremos à sociedade brasileira um plano fiscal que foi, inclusive, muito elogiado por diversos setores da economia brasileira. É, de fato, expressão de responsabilidade fiscal”, avaliou.

Durante a abertura do Lide Brazil Conference, em Londres, Pacheco disse que o Brasil tem “democracia forte e inabalável”, o que possibilita a criação de ambiente propício para o desenvolvimento e a melhoria das relações com diversos países do mundo.

Em referência aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o presidente do Congresso afirmou que houve “perspectiva de alguma violação, mas a democracia restou inabalada e forte como nunca”.

Pacheco disse que, especialmente a partir do governo Lula (PT), o Brasil tem exercido “relação amistosa, independente, porém harmônica entre os Poderes”.

“O meu papel como chefe do Poder Legislativo brasileiro é estabelecer um diálogo muito amistoso e ameno, em busca de convergências, com o Poder Executivo e com o Poder Judiciário, e inspirar a reciprocidade”, declarou.

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Lide

As oportunidades do Brasil no Reino Unido e na União Europeia são o tema principal desta edição do Lide Brazil Conference, transmitido ao vivo no YouTube do Metrópoles, a partir das 8h no horário de Londres (4h no horário de Brasília).

Veja como foi o primeiro dia do Lide Brazil Conference, que ocorre em Londres, no canal do Metrópoles no YouTube:

O Lide reúne executivos do Brasil de diversos setores, com o objetivo de fortalecer a livre iniciativa e o desenvolvimento do país, além de defender os princípios éticos de governança nas esferas pública e privada.

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