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GDF declara situação de emergência após explosão de casos da dengue

Medida autoriza Executivo local a comprar insumos, além de contratar serviços e profissionais mais rapidamente para conter avanço da doença

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
fumacê dengue
1 de 1 fumacê dengue - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) declarou, nesta quinta-feira (25/1), situação de emergência na saúde pública, devido à explosão de casos da dengue e ao risco de epidemia de dengue e outras arboviroses.

O GDF informou que um decreto com detalhes sobre a situação foi publicado nesta quinta-feira (25/1), em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

A medida autoriza o Executivo local a comprar insumos, contratar serviços e profissionais por tempo determinado e, assim, de forma mais rápida, conter o avanço dos casos.

Cenário

A capital federal registrou 16.079 casos prováveis da doença, entre 1º de janeiro e o último sábado (20/1). O total representou um aumento de 646,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Três pessoas morreram em decorrência de dengue neste ano. Ceilândia é a região administrativa com maior incidência da doença, com 3.963 casos.

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Atrás dela, figuram Sol Nascente/Pôr do Sol, com 1.110 pessoas diagnosticadas com dengue; Brazlândia (1.045); e Samambaia (997).

O Executivo local detalhou que o decreto valerá enquanto a situação sanitária de enfrentamento à dengue não se estabilizar.

Além disso, servidores poderão ser remanejados para reforçar o trabalho das equipes que atuam no combate à doença.

Prioridade na vacinação

Nesta quinta-feira (25/1), o Distrito Federal entrou na lista de prioridades do Ministério da Saúde para receber as vacinas contra a doença.

A campanha de vacinação contra a virose começa em fevereiro, com especial atenção para as regiões endêmicas, em 521 municípios brasileiros (9% do total).

A escolha das prioridades seguiu três critérios: municípios de grande porte (com mais de 100 mil habitantes); com alta transmissão da dengue registrada em 2023; e com maior predominância de casos do tipo 2 (Denv-2).

A capital do país tem 194 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, público-alvo apto a receber a vacina. Segundo o ministério, a faixa etária concentra o maior número de hospitalizações por dengue,  depois dos idosos.

No caso das pessoas com mais de 60 anos, ainda não há recomendação pela imunização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Apoio das Forças Armadas

Ainda nesta quinta-feira (25/1), o GDF pediu apoio ao Ministério da Defesa para tentar conter o avanço da dengue. Secretária de Saúde da capital do país, Lucilene Florêncio anunciou a medida durante lançamento do plano nacional de combate à doença, coordenado pelo Ministério da Saúde.

“A vacina vem nos dar um alento. Porém, não temos quantidade suficiente. Então, agora, temos de fazer nosso dever de casa, nossa parte. Vamos conversar com o Ministério da Defesa e pedir apoio”, afirmou a secretária.

As Forças Armadas serão chamadas para ajudar nas ações de campo para conter a doença, porque as equipes do Distrito Federal estão sobrecarregadas e ainda se recuperam das sequelas deixadas pelas ações em atenção à Covid-19, segundo a chefe da Secretaria de Saúde (SES-DF).

“É muito complexo o enfrentamento das arboviroses [doenças transmitidas por artrópodes como mosquitos e carrapatos], porque não se trata de um medicamento, de um quimioterápico [para combater novos casos]. É [necessário] um processo de mudança de comportamento”, alertou Lucilene.

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) contará com duas carretas para ajudar na guerra contra a doença: uma ficará no Sol Nascente/Pôr do Sol, a outra ficará no Recanto das Emas.

Sinais e sintomas

A população de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Sobradinho, São Sebastião, Estrutural, Recanto das Emas, Brazlândia e Santa Maria pode fazer testes rápidos para detecção da dengue nas tendas de acolhimento instaladas ao lado das administrações regionais das cidades. Os espaços provisórios também oferecem hidratação para pacientes com sintomas da doença.

Os primeiros sinais da dengue são:

  • febre acima de 38°C;
  • dores no corpo, nas articulações de cabeça e atrás dos olhos;
  • mal-estar;
  • falta de apetite; e
  • possíveis manchas vermelhas pelo corpo.

Em caso de sintomas mais graves, a população deve procurar uma unidade de pronto-atendimento (UPA) ou a emergência de um dos hospitais regionais. Os sinais de alarme são dores intensas na barriga, vômitos persistentes, tontura, cansaço extremo e sangramentos no nariz, na boca ou nas fezes.

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