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Arquitetos denunciam demora na análise de projetos por setor do CBMDF

Profissionais reclamam do entrave burocrático enfrentado em departamento do Corpo de Bombeiros responsável por liberar obras de uso coletivo

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Extintor de incêndio
1 de 1 Extintor de incêndio - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um grupo formado por arquitetos que dependem de liberação do poder público para tocar obras de uso coletivo no DF denunciou à coluna Grande Angular excesso de prazo para obtenção das autorizações.

Segundo profissionais relataram à reportagem, processos comandados pela Diretoria de Estudos e Análise de Projetos, do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), chegam a ficar emperrados por meses, fazendo com que obras de uso coletivo não avancem e tenham seus cronogramas comprometidos por longas temporadas.

Esse departamento da corporação é responsável por liberar os projetos e a execução das instalações de incêndio e pânico, que incluem saídas de emergência, largura das escadas, extintores e sprinklers. Concluída a obra, o fiscal faz uma vistoria e o CBMDF emite o laudo do Habite-se, documento fundamental para a ocupação dos empreendimentos.

Profissionais que atuam na área fizeram levantamento segundo o qual há, atualmente, 52 projetos referentes aos principais escritórios de arquitetura que estão empacados na análise desse setor do Corpo de Bombeiros.

Em nota, a diretoria responsável pela análise dos projetos informou que o prazo para os serviços poderá ser de 30 dias úteis, mas a média de conclusão é de aproximadamente 20 dias. “Ou seja, melhor que o prazo definido em lei”, pontuou.

Os arquitetos, no entanto, alegam que essa não é a realidade no DF. “Quando os bombeiros apontam algum ajuste, eles reabrem o prazo, o que acaba a cada operação, pequena que seja, às vezes, recontando o prazo indefinidamente. Todo um projeto que atenderia dezenas ou centenas de pessoas fica no aguardo desta burocracia sem limites”, relatou uma arquiteta que pediu para ter o nome preservado a fim de evitar retaliações do departamento.

Segundo o Corpo de Bombeiros, com a pandemia da Covid-19, foi implantada a análise digital, que, de acordo com o setor, deu celeridade, praticidade e comodidade. Os arquitetos autores da denúncia discordam e argumentam que não houve melhoria no trâmite dessas aprovações.

Apesar do lockdown que fechou boa parte dos serviços e comércio no DF, os escritórios de arquitetura e a construção civil são duas das áreas autorizadas, por decreto, para atuar neste período de restrições.

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