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Paulo Henrique Ganso, o último romântico do futebol brasileiro

Aos 32 anos, o ex-menino da Vila voltou a encantar com um estilo clássico, que lembra o velho Ademir da Guia

atualizado

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Conmebol
Paulo Henrique Ganso
1 de 1 Paulo Henrique Ganso - Foto: Conmebol

Uma matéria de Mateus Arantes, aqui no Metrópoles, aponta que o meia Paulo Henrique Ganso recebeu, segundo a página de estatística Sofascore, nota 7,24, a maior até agora de um jogador do Fluminense no Campeonato Brasileiro.

De fato, o meia que começou a brilhar junto com Neymar no time do Santos, por volta de 2010, vive um dos melhores momentos de sua carreira. É aquele armador clássico, elegante e sincero com a bola nos pés, estilo Ademir da Guia, do Palmeiras, um dos mais admiráveis jogadores do futebol brasileiro.

Lembrei aqui de dois comentários que marcaram a carreira de Paulo Henrique de Chagas Lima, 32 anos, paraense de Ananideua,. O primeiro de Muricy Ramalho, que foi técnico do Santos no auge da dupla Neymar/Ganso. Do alto de sua experiência, ele disse certa vez que, no início da carreira desses dois meninos da Vila, chegou a pensar que Ganso iria mais longe do que Neymar.

Mas teve outro comentário, não tão otimista assim, feito por Seerdof, em sua curta passagem pelo Botafogo. O ex-jogador holandês participava do Bem Amigos, no SporTV, e foi questionado se Ganso faria sucesso na Europa. 

Seerdof respondeu de forma seca: “Não. Porque não deixam. A marcação é diferente. Acho que ele tem muito talento, mas esses momentos não podem ser a descrição desse jogador. Ele pra mim anda um pouco devagar dentro do campo e com esse ritmo não vai dar na Europa. Se colocar também um pouco mais de intensidade no seu jogo, com o talento que ele tem no pé e a visão, aí vai ser um jogador diferenciado”.

A sinceridade de Seerdof causou um choque. Mas a verdade é que Ganso, em sua aventura pela Europa, fracassou no Sevilla-ESP e no Amiens-FRA. Premonitório, esse tal de Clarence Seerdof.

Agora que Ganso voltou a jogar esplendidamente bem no Brasileirão, dá gosto de vê-lo em ação pelo Fluminense. Como disse um amigo, numa mensagem enviada após a vitória do Tricolor sobre o Botafogo: “Paulo Henrique Ganso é o último romântico do futebol brasileiro”.

O futebol, há tempos, deixou de ser romântico.

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