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Condenado, Leo Lins questiona acusação de preconceito na Justiça

Em meio às últimas polêmicas envolvendo seu nome, o comediante ainda enfrenta uma batalha judicial com o indígena Ronildo Amandios

atualizado

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Leo Lins de moletom - Metrópoles
1 de 1 Leo Lins de moletom - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Esta coluna descobriu que, no meio de todo o escândalo envolvendo Leo Lins e suas falas preconceituosas, o humorista continua envolvido em uma outra briga judicial que também tem a ver com os episódios mais recentes. Calma, que nós vamos explicar!

É que Leo já havia sido condenado em uma ação judicial movida pelo indígena Ronildo Amandios há alguns anos. Tudo começou quando ele fez algumas afirmações entendidas como humilhantes e vexatórias contra o povo indígena, utilizando, para tal, uma imagem de Ronildo em que o mesmo sustentava que vestir-se de índio não é uma fantasia (em clara alusão a um hábito popular carnavalesco).

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A sentença condenatória de Leo já havia sido divulgada. Contudo, esta coluna traz algumas novidades sobre o caso em primeira mão.

A partir do acesso exclusivo aos autos do processo, descobrimos que Leo Lins não ficou nem um pouco satisfeito com o resultado do processo judicial e apresentou um “recurso de apelação”, a fim de reverter a decisão do juízo.

No recurso, o comediante começa afirmando que seria dificultoso assegurar que Ronildo era o homem na imagem que utilizou quando fez as polêmicas afirmações. Isso porque, segundo ele, ela não exibia o nome do sujeito, que usava um cocar e a mão cobria metade do rosto. Em linhas gerais: a foto e o posicionamento do indivíduo não permitiriam afirmar, com segurança, que aquele era mesmo Ronildo.

Além disso, mais uma vez, o humorista se valeu da liberdade de expressão para justificar aquilo que, segundo grande parcela da sociedade, é injustificável. Afirmou que apenas queria fazer com que as pessoas dessem risadas, sem ter o objetivo de menosprezar a condição de qualquer pessoa. Ele disse, ainda, que a comédia não pode ser reprimida por condenações judiciais e reafirmou não ter havido qualquer ato ilícito.

Leo Lins chegou a falar que não houve qualquer abalo profundo em Ronildo que justificasse o direito à indenização por danos morais e encerrou afirmando que não precisava de autorização prévia para utilizar a fotografia do indígena.

Ronildo Amandios, por sua vez, também parece não ter ficado completamente satisfeito com a decisão do juízo. Isso porque, o autor da ação decidiu agir de modo a buscar o aumento do valor da condenação indenizatória para, no mínimo, R$ 80 mil. Ele afirmou que o ato atentatório de Leo alcançou mais de um milhão de pessoas, fato que apenas comprovaria a magnitude dos danos causados por ele.

Ambos os recursos foram interpostos e recebidos dentro do prazo previsto na lei. Em maio deste ano, Ronildo apresentou uma petição no processo se opondo à realização de julgamento virtual. Ele explicou que possui interesse em realizar uma sustentação oral, o que é incompatível com o julgamento virtual.

O processo vem se arrastando na Justiça e é apenas um dos diversos indicativos da problemática que envolve o humorista e as “piadas” que o mesmo decide fazer.

Vale lembrar que há poucos dias Leo Lins esteve envolvido em mais um escândalo, ao passo em que teria disparado uma série de ofensas sob a chancela de estar apenas fazendo humor. O também humorista e apresentador, Fábio Porchat, acabou entrando na confusão, de modo a defender o comediante, o que apenas serviu de gasolina para uma já flamejante fogueira.

Embora algumas pessoas acreditem se tratar da primeira confusão envolvendo Leo Lins, a partir do tema aqui tratado fica claro como o artista é capaz de despertar os sentimentos mais lamentáveis no público a partir daquilo que, segundo ele, é apenas uma “piada”.

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