Já ouviu falar em “lip flip”? O novo tratamento da área da estética – que está bombando no TikTok – surgiu para dar um desenho mais bonito aos lábios, trazendo a impressão de mais volume, sem de fato aumentar o volume. A técnica tem sido uma opção para quem prefere algo mais discreto e natural.

De acordo com a cirurgiã plástica Tatiana Turini, o procedimento é feito com microdoses de toxina botulínica. “É uma quantidade bastante pequena. Vai dar um aumento ligeiro e discreto, e apenas no lábio superior, não é feito no inferior”, explica a Dra.

Por se tratar de um método novo, muitas pessoas chegam ao consultório procurando por ele, mas sem levar o nome “lip flip”. “A queixa, principalmente do lábio superior, é no “código de barras”, que também é possível de melhorar com uso de tratamentos complementares.”, diz a especialista.

Segundo a médica, o lado ruim do lip flip é que, por ser feito com dosagens muito pequenas da toxina, sua duração costuma ser mais curta. Principalmente por conta do local no qual é feito, que é muito usado no dia a dia.

“O efeito desse procedimento dura em torno de um mês, porque o lábio tem diversas funções, e o músculo orbicular do lábio, que é o que bloqueamos com a toxina, é utilizado para funções como comer e sorrir”, aponta.

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Por este motivo, Dra. Tatiana não recomenda o lip flip para pessoas que têm um uso maior da área, como cantores. “Para pessoas que têm uma paralisia facial também não é uma recomendação, a não ser que seja para uma possível simetrização”, diz.

Substitui o preenchimento?

Apesar de estar sendo utilizado como tratamento principal por diversas pessoas, Dra. Turini não acredita que o lip flip tenha potencial para substituir o preenchimento.

“Ele faz um efeito de eversão, mas a gente precisa também de volume labial. Assim, o ideal é que seja feita também um enxerto de gordura, ou mesmo de ácido hialurônico. Acredito no uso dele como complemento, não como tratamento principal”, afirma.

Além disso, a cirurgiã reforça a importância de procurar um profissional qualificado para realizar o procedimento. “Tem que ser um profissional que entenda toda a musculatura da região. O paciente tem que ser muito bem avaliado para que ele não tenha um tratamento ruim, um resultado desfavorável”, finaliza.

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