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Cecília de Araújo: chef “adocica” Brasília com bolos da Cozinha Alice

Além de bolos, Cecília de Araújo criou cookies, brownies, barras recheadas e lascas de chocolate impecáveis. A Cozinha Alice fica na 414 Sul

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JPM/Imagem cedida ao Metrópoles
Foto colorida de mulher branca, com avental, mãos cruzadas e cabelo amarrado em coque - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher branca, com avental, mãos cruzadas e cabelo amarrado em coque - Metrópoles - Foto: JPM/Imagem cedida ao Metrópoles

“Podemos dizer com muita tranquilidade que somos incansáveis perfeccionistas, sempre buscando melhorar o que já é bom”, destaca Cecília de Araújo, fundadora e nome à frente da Cozinha Alice. A casa de quitutes adocicados fica na 414 Sul. Ao entrar na impecável confeitaria de doces autorais, a clientela esbarra em bolos, cookies, brownies, barras recheadas e lascas de chocolate com montagem e aroma que aguçam o paladar.

Diante de tantos leitores postando sobre o quanto as doçuras da Cozinha Alice são saborosas, a Coluna Claudia Meireles foi atrás de descobrir o segredo por trás das delícias. Ao que tudo indica, o amor de Cecília pelo o que faz reflete — e muito — nos preparos: “Desde criança, sempre fui apaixonada por gastronomia. Eu pedia aos meus pais presentes relacionados à cozinha, como batedeiras, minifogão e massinha para fazer as comidas de mentirinha”.

Foto colorida de mulher parda, com cabelo castanho claro, segurando um bolo em frente a uma porta - Metrópoles
Cecília de Araújo cria as delícias para homenagear as pessoas. O bolo Alice é em condecoração a sua primogênita

Primeiros passos

O que era uma brincadeira de criança virou algo sério. Cecília passou a vender bombons na escola. Aos 15 anos, foi a vez de trabalhar com os ovos de Páscoa. Tempos depois, ela se formou em culinária clássica francesa no International Culinary Center (ICC), em Nova York. Com vontade de repassar os aprendizados, a mestre em criar confeitos se dedicou, por alguns anos, a ensinar o curso em aulas particulares a quem almejava “aprender a cozinhar com técnica ou desejavam se aprofundar na boa gastronomia”.

“Sempre tive muita afeição pela confeitaria”, revela. Quem inspirou a chef a “amar o que faz” são as avós, Odete e Filomena, por prepararem tudo com capricho e alegria. “Elas tinham na reunião em torno da cozinha um verdadeiro encontro familiar”, recorda. As duas parentes deixaram a neta com inesquecíveis memórias. Trazendo nas veias as referências das ascendentes, Cecília deu o pontapé na Cozinha Alice por conta da descendente, ou melhor, da filha, Maria Alice, de 4 aninhos.

Foto colorida de menina e mulher de costas passando calda em um bolo de chocolate. Elas têm cabelos castanhos - Metrópoles
Maria Alice ao lado da mamãe, Cecília de Araújo

Cozinha Alice

A confeitaria nasceu após Cecília realizar o sonho de ser mãe. Com a carreira já constituída, ela deu uma pausa no trabalho a fim de se dedicar à primogênita. Passado um período, não teve jeito e a chef voltou aos preparos. “Como cozinheiro não consegue ficar parado, resolvi retomar os estudos e, quando tinha algum tempo, comecei a fazer alguns testes de bolos”, relembra.

Aquele meu momento, completamente tomado pelo mais puro amor de gerar uma filha, fez com que eu esboçasse o que é o Bolo Alice, nossa primeira criação. Como o pessoal próximo gostou muito e vi ali um produto com alma, decidi nomeá-lo em homenagem àquela que mudou a minha vida. Ao surgir a oportunidade das primeiras vendas, ele movimentou o negócio no princípio de tudo – quando exclusivamente o vendia em um tamanho só, produzindo-o na cozinha da minha casa sob encomenda

Cecília de Araújo
Foto colorida de mulher branca, com avental, mãos cruzadas e cabelo amarrado em coque - Metrópoles
Cecília fundou a Cozinha Alice e contou detalhes da trajetória profissional

Processos e inspirações

Adentrar na confeitaria e suspirar com o aroma dos doces é um mero detalhe ao ficar frente a frente com os quitutes. As receitas surgem de inspirações de quem Cecília quer homenagear, a exemplo do bolo Alice em honra à filha.

“Percebida a ideia, parto para o meu processo de pesquisa, no qual não negocio nem a excelência dos insumos nem a técnica mais adequada para o resultado que desejo construir. O desafio é ponderar a viabilidade produtiva diante da estrutura de pessoas e equipamentos”, argumenta.

Carro-chefe

De acordo com a mestre em confeitos, os processos são bastante minuciosos. Carro-chefe da casa de doçuras, o bolo Romero traz pistache e fava de baunilha. Os produtos feitos com o tipo de noz têm como base uma pasta de pistache de origem, em que as unidades são selecionadas à mão. Essa camada é produzida por horas a fio em um moinho de pedra, de forma 100% natural e artesanal no espaço da Cozinha Alice.

Foto colorida de bolo de massa branca com calda clara e pistache no topo - Metrópoles
Algumas receitas da Cozinha Alice trazem na composição pistache

“O bolo Romero traz, na verdade, pistache e fava de baunilha. Muitas pessoas vêm procurar o tal ‘bolo de pistache’ que tanto ouviram falar ou que provaram na casa de um amigo”, assegura a fundadora da Cozinha Alice.

A coluna perguntou à Cecília sobre qual delícia a faz ficar com mais água na boca. Formiguinha declarada, ela afirma não ter um favorito. “Mãe não tem filho predileto, sabe? Para mim, a decisão vai do momento, depende muito do meu humor e circunstância”, brinca.

“Os [bolos] Selma e Alice são para aqueles dias em que preciso de um abraço do chocolate. O Romero é quando quero uma coisa mais leve. E o Odete para aqueles dias quentes que demandam refrescância”, sugere Cecília de Araújo.

Foto colorida de fatia de bolo de chocolate ao lado de bolo quase inteiro - Metrópoles
A cremosidade do bolo deixa qualquer pessoa com água na boca

Histórias marcantes

A Cozinha Alice exala afeto em cada detalhe, tamanho acolhimento aconchega a clientela, que faz questão de celebrar momentos importantes com a casa de doçuras. De tantas histórias, uma das mais marcantes para Cecília é da cliente que se tornou amiga: “Ela gosta tanto do bolo Alice que, muitas vezes, quando vai à loja e bate papo com algum cliente em dúvida sobre o que levar, a própria o surpreende e presenteia com uma fatia do doce”, frisa.

Um relato recente comoveu Cecília. Uma “moça” mandou mensagem pouco tempo depois da loja fechar. No recado, perguntou se daria para “despachar” um bolo. “Como buscamos sempre atender a todos da melhor forma, nós dissemos que conseguiríamos e enviamos a delícia desejada”, rememora. Ao receber o doce, a cliente deixou um agradecimento e destacou que o pedido seria para “celebrar a vitória em uma importante conquista”.

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“Somando esse tipo de história aos muitos aniversários, casamentos e festas em geral, quão gratificante é poder participar desses momentos de alegria das pessoas? Absolutamente incalculável e indescritível. Acredito que os clientes percebem todo esse cuidado com as nossas entregas e nos concedem a máxima confiança. Impressionante o quanto eles são fiéis e alguns deles se permitem relacionar muito além da relação fornecedor-cliente. Tornam-se verdadeiros amigos”, avalia a chef.

Futuro

Conforme salienta à coluna, a Cozinha Alice e a chef Cecília de Araújo são “um só corpo” rumo a consolidarem as metas determinadas para 2023. “Temos muitas novidades que vão sair do forno, desde o crescimento do nosso mix de produtos até a própria expansão comercial por meio de novos pontos de vendas, os quais ainda não podemos anunciar, pois estão em fase de negociação”, endossa a mestre em delícias.

Em relação ao sucesso da Cozinha Alice, Cecília declara ser grata por todo o reconhecimento conquistado até então, mas se vê distante longe de onde pretende chegar.

Na lista de sonhos da expert em preparos, está fazer a confeitaria “conseguir crescer sem se perder no caminho” e ser uma força motriz de evolução para o mercado. “Atingir de forma afetuosa e arrebatadora Brasília é o que mais almejamos”, reforça a chef.

Foto colorida de fachada de estabelecimento com parte pintada de branco e detalhes em azul. Há o nome Cozinha Alice escrito na cor azul - Metrópoles
A Cozinha Alice fica na 414 Sul, em Brasília

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