Conhecido por melhorar a qualidade do sono, reduzir os sintomas da ansiedade e ter ação antisséptica, o óleo essencial de lavanda oferece uma função benéfica para a pele. Há quem chame o composto de “botox natural”. Embora não haja estudos científicos que comprovem a comparação do produto com a toxina botulínica, vale descobrir as vantagens de aplicar a substância na cútis.

A Coluna Claudia Meireles conversou com a dermatologista Karla Lessa. A médica atende no Instituto Lessa, clínica situada em Vitória, no Espírito Santo. Caso tenha adquirido o óleo de lavanda e use apenas no difusor a fim de aromatizar o ambiente, a médica comenta que a aplicação da composição na pele tem ação antioxidante, calmante e adstringente, atuando de forma equilibrada na produção de sebo pelas glândulas sebáceas.

Recomendações

Segundo a especialista em injetáveis, um dos proveitos de passar óleo de lavanda na cútis é a recuperação celular. Entretanto, antes de aplicar o produto no rosto durante a rotina de skincare, é necessário diluí-lo em um “carregador-base”. Karla sugere optar por um óleo vegetal para solver o composto natural. De acordo com a expert, usá-lo puro pode ocasionar problemas dermatológicos.

“O óleo essencial nunca deve ser usado puro na pele, pois pode irritar, causar alergias e até mesmo manchar a área, a exemplo dos óleos cítricos de limão, laranja ou bergamota, que não devem ser utilizados na cútis”, evidenciou a médica. Além do composto de lavanda, outro que pode favorecer a região cutânea é o de melaleuca. Esse produto dispõe de propriedades capazes de controlar a oleosidade e a acne.

Antienvelhecimento

O óleo de lavanda apresenta ação calmante. Assim, colabora para o tratamento de peles oleosas com tendência a acne ou eczematosas. “Tem em sua composição fitoquímicos que são conhecidos por combater os sinais de envelhecimento”, discorre Karla. Indivíduos com alergia à lavanda devem evitar o uso. Mais uma vez, a dermatologista fez o alerta: “Em hipótese nenhuma consuma o produto via oral nem aplique puro sobre a cútis”.

Por mais que o produto seja puro, a especialista aconselha como “uma opção mais segura” investir em cosméticos com a lavanda na composição, principalmente em razão da volatilidade dos óleos essenciais. “Dessa forma, garante os benefícios dos compostos naturais sem os problemas irritativos em contato direto com a pele”, sustentou a dermatologista.

Botox natural?

Quem se referir ao óleo essencial de lavanda como “botox natural”, Karla evidencia: “Não existem estudos científicos que comprovem essa associação, visto que a toxina botulínica age por meio do bloqueio da liberação de uma substância pela terminação do nervo.”

Ela continuou: “Se o músculo não recebe a acetilcolina, não contrai. Assim, o botox paralisa a musculatura, obstrui a informação do estímulo elétrico de chegar até o músculo, impossibilitando a contração máxima e diminuindo as rugas.”

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