metropoles.com

Tribunais de Contas têm vagas previstas em Goiás, DF e na União

Analistas e auditores de controle externo têm remunerações entre R$ 8 mil e R$ 18 mil e cargas de trabalho de 30 horas semanais

atualizado

Compartilhar notícia

DIDA SAMPAIO/ESTADAO
1500142912178
1 de 1 1500142912178 - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

No universo dos concursos, a área de controladoria atrai os candidatos que têm afinidades com números e processos de gestão. Em tempos de baixa arrecadação de impostos e necessidade de otimização dos recursos aplicados, o trabalho desses agentes fiscalizadores dos tributos se torna essencial para os municípios, estados, Distrito Federal e União.

O processo de seleção é considerado de alta complexidade, pois exige conhecimentos profundos de disciplinas como contabilidade e orçamento públicos e direito tributário. O esforço é bem recompensado. Analistas e auditores de controle externo têm remunerações entre R$ 8 mil e R$ 18 mil e cargas de trabalho de 30 horas semanais.

Três concursos estão na mira dos ansiosos: Tribunais de Contas do Distrito Federal (TCDF), de Goiás (TCE-GO) e da União (TCU). No órgão distrital, o processo está mais avançado. A banca organizadora foi escolhida, será o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe, antigo Cespe), e a expectativa aponta para publicação das regras ainda em 2019.

A tramitação e aprovação do projeto de lei que amplia o escalonamento de classes e padrão de salários do órgão na Câmara Legislativa pode atrasar o cronograma. A minuta foi aprovada na última semana e será apreciada pelos deputados distritais. A proposta é ampliar de três para quatro classes e haver, em cada uma delas, seis padrões de progressão. Assim, a remuneração inicial será reduzida de R$ 18,9 mil para R$ 16,6 mil, mantendo-se o valor para o topo da carreira, R$ 29,6 mil.

Em Goiás, o estudo de carência de pessoal elaborado pela comissão interna responsável pelos trâmites foi aprovado pela presidência do TCE-GO em janeiro, mas, até o momento, não houve avanço. Assim que houver o sinal verde, o passo seguinte será a abertura da licitação para escolha da empresa que vai elaborar as provas e cuidar da seleção – e, só então, acontecerá a publicação do edital.

O número de vagas ainda não foi divulgado. A remuneração, que foi atualizada recentemente, passou de R$ 7 mil para R$ 8,5 mil. O último concurso ocorreu em 2014, com oferta de 55 vagas para analistas, e foi organizado pela Fundação Carlos Chagas.

Considerando-se o atual cenário econômico do estado, o mais provável é que as provas só aconteçam no primeiro semestre de 2020. Isso porque o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas-GO), acordou com todos os Poderes a contenção total de gastos até julho do próximo ano.

O ministro José Mucio Monteiro, presidente do TCU, anunciou que está no orçamento de 2020 o reforço de 30 novos servidores, completando o trio de seleções previsto. O número é bem menor do que o último concurso, ocorrido em 2015, quando foram abertos 66 postos de auditor e técnico de controle externo com ganhos mensais de até R$ 14 mil.

Na época, o Cebraspe recebeu mais de 9,4 mil inscrições, gerando uma concorrência média de 142 candidatos por vaga. No atual quadro do TCU há pelo menos 390 postos aguardando profissionais, entre técnicos e auditores.

Preparação direcionada

Assim como ocorre com os Tribunais de Justiça, há uma raiz comum de matérias cobradas, o que ajuda no direcionamento da preparação dos candidatos: língua portuguesa, raciocínio lógico, orçamento público, administração pública, direito constitucional e administrativo aparecem em praticamente todas as provas e, por isso, podem ser consideradas o ponto de partida.

A etapa seguinte é se dedicar às matérias consideradas básicas para a área: controle externo, contabilidade geral e pública, e, na sequência, auditoria governamental e análise de demonstrações contábeis. Por último, a dedicação deve ser voltada para as disciplinas específicas apenas do concurso em questão.

À medida que se avança na teoria do conteúdo programático, os conhecimentos devem ser avaliados por meio de simulados com questões de provas anteriores. Os bancos de questões on-line são as fontes mais indicadas, por ser possível filtrar os tópicos em que o estudante deseja se validar. Em geral, atingir nível de acerto acima de 68% é um bom indício de boa competitividade.

Provas escritas

Há uma outra observação relevante: além das provas objetivas, o candidato tem que mostrar seus conhecimentos em provas discursivas, respondendo a questões sobre os assuntos das disciplinas específicas – em geral com 20 linhas, cada – e realizando elaboração de peças. Cada edital descreve os critérios de pontuação e os termos exigidos para elaborar os textos.

No mundo em que digitar se tornou mais comum do que escrever à mão, a dica é praticar a escrita nos mesmos requisitos. Pode parecer irrelevante, mas uma caligrafia ruim pode tirar pontos do candidato. Quem não tem esse costume pode começar com as redações tradicionais, dissertativas, para exercitar a argumentação e a estrutura, uma vez por semana. Se o edital tiver sido lançado, redigir manualmente sobre os tópicos mais recorrentes, duas ou três vezes por semana, é o mais indicado.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?