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Saiba como tornar a preparação para concursos mais simples e eficiente

Seguindo a Teoria de Pareto, concurseiros criam soluções estratégicas para conquistar o cargo desejado

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
DF na real – Biblioteca Nacional
1 de 1 DF na real – Biblioteca Nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enquanto os concurseiros buscam soluções mirabolantes para encontrar o caminho da aprovação, a resposta está nas escolhas mais simples. As técnicas complexas de controle do tempo, organização, planejamento e aprendizagem exigem energia física e mental além do ideal antes de começarem a gerar resultado. Em contrapartida, as soluções mais óbvias são ignoradas.

Todo aspirante ao serviço público traz consigo uma bagagem enorme de conhecimentos de autogestão da rotina e de estudos que deixa de lado, seja por insegurança, seja por baixa autoestima. Essa é a fórmula para se abrir caminho para que as sugestões externas se tornem mais relevantes, mesmo quando não se adequam em nada ao perfil do candidato.

O resultado é visível no aumento da desconfiança em si mesmo, na ansiedade, no desânimo e, também, na compra excessiva de materiais didáticos, cursos, livros e assinaturas de ferramentas que são mal aproveitados. Para acabar com esse problema que muitos nem se dão conta que têm, a palavra de ordem é simplicidade.

Segundo a Teoria de Pareto, tão conhecida no universo matemático e, mais recentemente, no mundo empreendedor, 20% do esforço deve ser responsável por 80% dos resultados. Sendo assim, a dúvida se concentra em saber o que compõe essa quinta parte de tudo o que precisa ser feito durante a preparação para concursos. As respostas vêm a seguir, com o passo a passo de como tornar a preparação mais simples e, por consequência, ter muito mais rendimento.

Passo um – Prepare os bastidores
Antes de executar qualquer plano, é preciso se preparar para ele, ou seja, planejar. Qualquer ação não propositada, não pensada antecipadamente, torna-se um risco considerável de perda de tempo e de recursos essenciais (tempo, dinheiro, energia). Portanto, os bastidores precisam estar bem alinhados para que o show saia conforme o previsto.

A melhor técnica no primeiro momento dessa etapa é o brainstorm. Ou seja, uma lista livre com tudo o que se tem: materiais de papelaria, materiais didáticos, avaliação prévia do tempo disponível, levantamento dos locais adequados para estudar. Todas as ideias saem da mente e vão para o papel sem a preocupação de viabilidade ou intenção de virar objetivos.

Em seguida, é hora de avaliar e fazer uma operação de limpeza das ideias para transformá-las em uma lista de ações “pré-estudo”. Afinal, menos é mais.

Com a clareza de todas as fontes de conteúdo, por exemplo, é possível identificar que disciplinas estão mais bem-munidas de recursos para se tornarem prioridade no estudo, sem que seja preciso comprar mais cursos.

De forma semelhante, será possível ajustar o local mais adequado para aprender – seja em casa, na biblioteca ou em salas de estudo – conforme a disponibilidade de recursos financeiros e do uso do tempo, preservando-se as características ideais de aprendizado.

Decidir previamente as alternativas para valorizar os momentos de dedicação ao projeto de se tornar servidor público evita situações de bloqueio criativo na busca por saídas para manter a produtividade em alta.

Passo dois – Entre no palco
Pode ser que nem todas as decisões definidas nos bastidores funcionem como previsto. Contudo, é importante entrar em ação com o que se tem, para só então promover mudanças e adaptações. O cenário ideal não existe e, por isso, não adianta esperar por ele para se começar a experimentar a estratégia.

Planejar-se é visto como perda de tempo, entrar em ação sem tudo pronto e perfeito causa um medo capaz de bloquear qualquer possibilidade de adaptação e flexibilidade. A consequência mais comum é a desistência de qualquer método, antes mesmo de ele ter sido colocado em prática por tempo suficiente para qualquer avaliação. O efeito emocional é ainda mais devastador: sensação de impotência e de incompetência cancela as chances de se encontrar outras soluções.

O plano define a diretriz, agir molda as propostas à realidade. Um filtro necessário para produzir resultados.

Passo três – Aprenda com os erros
Na pior das hipóteses, cumprir os dois primeiros passos vai expor o que não fazer para conquistar a aprovação. Não há nada de inadequado em errar. Pelo contrário, é uma grande oportunidade de aprender sobre si mesmo e sobre o próprio projeto de carreira.

Uma postura positiva de autocompaixão diante dos equívocos pode expandir e direcionar a criatividade para soluções ainda mais eficientes. O sentimento de culpa não cabe neste passo.

Para minimizar futuros equívocos, é o momento de se reavaliar as escolhas estratégicas e realizar uma atualização do projeto com mais pesquisas, reconhecer a necessidade do desenvolvimento de algumas habilidades e de aspectos que não puderam ser previstos inicialmente.

Seguindo esses três passos, será possível criar um planejamento estratégico consistente para a conquista do cargo desejado. E vale um alerta importante: a visão global das necessidades para todo o projeto de preparação deve gerar listas de ações detalhadas para, no máximo, 90 dias, com as respectivas metas e métricas.

Ou seja, quanto mais próximo o momento de execução, mais detalhes deve ter, deixando para depois a definição minuciosa de períodos futuros. Com esse método, evita-se o risco de frustração diante de um comprometimento sem garantias de realização.

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