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Jenji Kohan: a criadora de talentos feministas da televisão

A roteirista e produtora é responsável por sucessos como “Orange Is the New Black”, “Glow” e “Weeds”

atualizado

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Kimberly White/Getty Images
Vanity Fair New Establishment Summit – Day 2
1 de 1 Vanity Fair New Establishment Summit – Day 2 - Foto: Kimberly White/Getty Images

“Glow”, nova série da Netflix, é o mais recente sucesso (ao menos de crítica) de Jenji Kohan. A roteirista e produtora também é o nome por trás de “Orange Is the New Black” e “Weeds” (2005-2012). Todos os seriados têm algo em comum: protagonistas femininas fortes, em um ambiente opressor, lutando contra o machismo dominante.

Em “Glow”, na qual Kohan atua como produtora executiva e roteirista, as mulheres sobem aos ringues para praticar a luta livre (aquela encenada, não o MMA). A premissa excelente é confirmada por um roteiro atrativo, capaz de deixar pontas soltas para uma 2ª temporada, mas sem descaracterizar a trama principal.

A narrativa, é verdade, aproxima-se muito do demonstrando em “Orange Is the New Black”: conhecer o passado das mulheres (em pílulas) fornece elementos para entender a narrativa. “Weeds” foge uma pouco dessa linha, mas volta e meia tinha seus flashbacks.

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Comédia inteligente
Outra característica que ajuda a entender a fórmula de sucesso de Kohan é o humor. Esqueça a comédia pastelão, o riso óbvio e fácil. A produtora e roteirista aposta na piada inteligente, no humor perspicaz. Perceba a caricatura estereotipada que Ruth (Alison Brie) faz das russas em “Glow” ou da visão machista sobre o feminino que envolve Sam (Marc Maron).

Nancy Botwin, de “Weeds”, por exemplo, deixou o posto de dona de casa entediada para se tornar uma traficante — envolvida com cartéis internacionais. Em “Orange Is the New Black”, o humor e o drama caminham lado a lado de forma extremamente harmônica.

O talento de Jenji Kohan ganhou reconhecimento. São 24 nomeações aos mais importantes prêmios da televisão mundial. Desses, ela faturou cinco, incluindo o PGA e o Emmy.

Polêmicas à vista
Maconha, presídio… a lista de assuntos polêmicos das produções de Kohan vai aumentar. A roteirista trabalha em um projeto chamado “Teen Jesus” (Jesus adolescente, em português). Ainda não se tem muitos detalhes sobre a produção feita para Netflix.

A confusão, no entanto, já começou. Em um evento da “The Hollywood Reporter”, Kohan antecipou o que poderia acontecer. “Ainda estamos desenvolvendo o projeto e algumas pessoas já estão muito nervosas”, disse.

 

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