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Anitta fala sobre Felipe Prior após acusações de estupro

A cantora foi cobrada por ter, há um tempo, convidado o arquiteto para uma festa na casa dela

atualizado

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Lucas Ramos / AgNews
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1 de 1 anitta - Foto: Lucas Ramos / AgNews

Reportagem da Revista Marie Claire, publicada nesta sexta-feira (03/04), traz o relato de duas mulheres que acusam Felipe Prior, ex-participante do Big Brother Brasil 20, de estupro e de uma outra vítima que alega ter sofrido tentativa de estupro.

A matéria, rapidamente, se tornou um dos principais assuntos da internet no Brasil e acabou envolvendo até mesmo quem não tem qualquer relação com o ex-brother. Uma delas foi a cantora Anitta, cobrada por ter, há um tempo, convidado o arquiteto para uma festa na casa dela.

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“Gente, eu segui o Prior e mandei mensagem dizendo que a primeira festa que tivesse na minha casa, ele tava convidado faz tempo, justamente porque, por um momento, achei que ele tinha se arrependido de comportamentos inadequado que teve na casa. Eu tuitei sobre isso várias vezes”, escreveu a cantora na rede social.

Ela seguiu, em outra publicação. “Não tô entendendo a surpresa. Assim como vocês, eu também não conheço ele. Por isso não fiz campanha nenhuma pra ninguém. Realmente, as acusações que surgiram sobre ele são graves. Como uma mulher feminista, abomino qualquer ato de violência contra nós, mulheres”, completou.

Entenda o caso

A Marie Claire teve acesso a documentos que comprovariam as narrativas das mulheres. As identidades das vítimas foram preservadas. A assessoria de Felipe Prior negou-se a comentar as denúncias.

O primeiro caso teria ocorrido em agosto de 2014, durante os jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo (InterFAU). Conforme o relato da vítima, ela estava bastante alterada pelo consumo de bebida alcoólica e teria aceitado carona de Prior .

Durante o caminho, Felipe Prior parou o carro e, no banco de trás do automóvel, teria praticado o estupro. Em virtude da penetração forçada, a vítima sangrou e foi a um hospital. Na unidade de saúde, não informou o motivo da lesão. No entanto, possui laudo que comprova laceração em seu lábio vaginal.

“Tudo para mim se resume a uma grande agonia no peito. Simplesmente coloquei a violência que sofri debaixo do tapete por seis anos. Achei que não lidando com ela, sumiria em mim. Atrasei dois anos da minha faculdade por causa do estupro. Tranquei todas as matérias do curso porque vê-lo todos dias era torturante. Ele é um cara impulsivo, agressivo. O que mostrou no BBB não chega perto do que é na vida real”, disse a jovem, identificada como Themis (nome fictício), à Marie Claire.

No InterFAU de 2016, Prior teria tentado estuprar outra jovem. De acordo com o relato da mulher, Prior teria a persuadido a entrar na barraca, porém, como não havia preservativo, ela negou o sexo. Diante da negativa, o ex-brother teria tentado forçar a relação. Mas a jovem conseguiu se desvencilhar. Após o início do BBB, ela conseguiu contato com a primeira vítima. As duas decidiram, então, agir.

O segundo estupro teria ocorrido no InterFAU de 2018, em Itapetininga. A denúncia da vítima diz que Prior a convidou a entrar na barraca e que o ato sexual começou de maneira consentida. No entanto, de acordo com a jovem, durante o sexo, Prior passou a ficar violento e começou a agredi-la. Testemunhas na barraca ao lado relataram ter ouvido gritos de “Para!” e “Está me machucando”.

Durante o BBB20, a direção do InterFAU foi questionada nas redes sobre o porquê de Felipe Prior ter sido impedido de participar dos jogos. A resposta aconteceu por meio de um tuíte: “Temos ciência do que está acontecendo e nos pronunciaremos no momento certo”.

A advogada das vítimas explicou à Marie Claire como chegou ao caso. “Esse trabalho começou no final de janeiro, a partir da conversa com a primeira vítima. Conforme tivemos informações sobre a existência de outras, percebemos que, para que os fatos fossem relatados com a devida profundidade e complexidade, teríamos que fazer uma investigação defensiva abrangente. E assim chegamos à segunda e à terceira vítimas e às demais testemunhas. Tivemos inclusive notícia de pelo menos uma outra, que acabou preferindo não depor”, assinalou a defensora.

O estupro é tipificado como crime hediondo e, de acordo com o artigo 213 do Código Penal, pode resultar em pena de 6 a 10 anos de reclusão. A depender do caso, pode pegar até 30 anos de pena.

 

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