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Após ação da PF contra marido, Paula Belmonte venda os olhos e apela ao STF

Deputada usou o plenário da Câmara para protestar. Ela pediu especial atenção dos magistrados “ao princípio da dignidade humana”

atualizado

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Reprodução / TV Câmara
Paula Belmonte usa venda nos olhos para mandar recado ao STF
1 de 1 Paula Belmonte usa venda nos olhos para mandar recado ao STF - Foto: Reprodução / TV Câmara

Uma semana após o marido ser alvo de busca e apreensão com base no inquérito das fake news que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) usou a tribuna da Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (23/06), com uma venda nos olhos como forma de protesto.

Sob argumento de pedir atenção à primeira-infância no Brasil, a congressista, no meio de sua fala, não deixou de mandar um recado aos magistrados da Suprema Corte após o episódio envolvendo o companheiro, o advogado e empresário Luís Felipe Belmonte, um dos articuladores da Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tem trabalhado para oficializar.

“Faço meu pronunciamento de olhos vendados, simbolicamente representando o que eu acredito: fazer o bem sem olhar a quem. Assim como a Justiça deve julgar, sem ver quem julga e, sim, reconhecendo o direito onde ele estiver”, iniciou.

“Ao guardião da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal, que a sua atuação, mais do que nunca, seja de olhos vendados quanto aos destinatários de suas decisões, julgando independentemente de quem seja, com base nos princípios do direito, representando a realidade dos fatos, sem escolha de cores, valores, ideologias e, em especial, pessoas”, continuou.

Dignidade humana

“Peço atenção especial ao princípio da dignidade humana, preconizado no artigo 1º da nossa Constituição Federal, assim como os princípio da imparcialidade, responsabilidade para que haja justa distribuição da Justiça a todos”.

A parlamentar também cobrou o respeito entre os Poderes, “tal como fixado na nossa Constituição, sendo o Legislativo a representação de todo o eleitorado; o Executivo, que representa a votação da maioria; e, após isso, o Judiciário, não eleito, mas de natureza técnica para aplicação das normas demandadas pelos outros Poderes”.

Veja o vídeo:

Operação da PF

Após ser alvo de busca e apreensão, o advogado Luís Felipe Belmonte, que é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), considerou a operação da Polícia Federal realizada em 16/06 como “sem justificativa”.

“Totalmente abusivo. Estão fazendo isso por quê? Porque eu sou um dos organizadores do partido do presidente da República? Eu acho meio estranho isso”, disse Belmonte.

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