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Grupo H&M fabricará máscaras e aventais para hospitais

A companhia está acionando a própria cadeia de suprimentos para entregar os equipamentos de proteção o mais rápido possível

atualizado

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Chukrut Budrul / Echoes Wire/Barcroft Media via Getty Images
Mulher passando de máscara cirúrgica na frente de uma loja da H&M
1 de 1 Mulher passando de máscara cirúrgica na frente de uma loja da H&M - Foto: Chukrut Budrul / Echoes Wire/Barcroft Media via Getty Images

Mais uma grande companhia de moda adere à luta contra o novo coronavírus. Nesse domingo (22/03), foi a vez do Grupo H&M anunciar que está movimentando sua cadeia global de suprimentos para fornecer equipamentos de proteção a profissionais de saúde e hospitais no mundo inteiro.

“Segundo nossas informações, as máscaras de proteção devem ser priorizadas, mas também há uma grande necessidade de outros equipamentos de proteção individual, como aventais cirúrgicos e luvas”, informa porta-voz em e-mail citado pela Reuters. A cadeia de suprimentos da companhia inclui as operações de compras e recursos logísticos.

A princípio, os produtos serão doados e devem ser fornecidos o mais rápido possível. A empresa, segunda maior varejista do mundo, procurou a União Europeia para saber quais são os itens mais necessários no momento e, assim, determinar o que a própria cadeia de fornecimento pode oferecer.

“Vemos esta ação como um primeiro passo em nossos esforços para apoiar de todas as formas possíveis. Estamos todos juntos e devemos abordar esta situação o mais coletivamente possível”, completa Anna Geda, chefe de sustentabilidade do Grupo H&M, no comunicado oficial.

Loja do grupo H&M
O Grupo H&M fornecerá equipamentos de proteção individual para hospitais e profissionais de saúde

 

Loja do grupo H&M
A companhia sueca dona da famosa rede de fast fashion fará isso por meio de sua cadeia de suprimentos

 

Mascara respiratória para proteção do coronavírus
Além de máscaras, fabricará itens como luvas e aventais cirúrgicos

 

mulher de máscara com sacolas de compra
“Vemos esta ação como um primeiro passo nos esforços para apoiar de todas as formas possíveis”, diz a chefe de sustentabilidade do grupo

 

Mãe cuidando da filha resfriada
Com a medida, a empresa entra para a lista de marcas de moda com ações em prol do combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2)

 

A companhia doou ainda US$ 500 mil para COVID-19 Solidarity Response Fund, fundo que já recebeu apoio de empresas como Google e Facebook. A ideia da iniciativa, apoiada pela Organização Mundial da Saúde, é arrecadar recursos em prol do combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2), como a prevenção. Inclusive, qualquer pessoa pode contribuir com o projeto.

As propostas do grupo H&M se juntam a outras iniciativas da indústria da moda, cada vez mais engajada contra a pandemia da doença Covid-19. O segmento tem sido um dos principais afetados pelo fechamento de lojas e fábricas.

Dono das grifes Saint Laurent e Balenciaga, o conglomerado de luxo Kering fabricará máscaras nas oficinas das duas grifes em Angers e Paris, de acordo com a aprovação de autoridades locais. Além disso, deve importar 3 milhões de unidades da China. A italiana Gucci se prepara para produzir 500 mil máscaras e 55 mil macacões médicos.

Fábricas de beleza de marcas do grupo LVMH estão produzindo álcool em gel para distribuição gratuita. A empresa também se engajou na fabricação de máscaras. Ambos os grupos farão as doações ao serviço de saúde francês.

Balenciaga
Fábricas da Balenciaga, marca do grupo Kering, serão usadas para fabricar máscaras, a serem posteriormente doadas ao serviço de saúde francês

 

Oficinas da Saint Laurent, que também pertence ao conglomerado, terão a mesma finalidade

 

LVMH doa máscaras à França
O concorrente LVMH fornecerá cerca de 40 milhões de máscaras ao longo de quatro semanas (10 milhões de unidades em cada semana)

 

álcool em gel LVMH
Perfumarias do grupo LVMH estão fabricando álcool em gel para distribuição gratuita na França

 

A Covid-19 tem impactado a economia mundial em diversos sentidos, com fechamento de lojas e fábricas

 

Impacto nas vendas e demissões

O fechamento temporário de 3.441 lojas provocou um grande impacto nas vendas da H&M desde o início do mês de março. Ao todo, a rede tem 5.062 unidades ao redor do mundo e continua fechando pontos em países como Estados Unidos e Alemanha, que estão entre seus principais mercados. Desde a semana passada, todas as lojas do Reino Unidos estão paradas.

Neste momento de interrupção dos negócios, uma das formas de diminuir os custos da marca pode ser a demissão temporária de dezenas de milhares de funcionários em diversos setores da rede. Comunicado divulgado na manhã dessa segunda-feira (23/03) informa que a empresa ainda não sabe exatamente quantos empregados a medida pode afetar, mas considera a possibilidade.

“Várias medidas estão sendo tomadas em relação a compras, investimentos, aluguéis e pessoal, entre outras áreas. A situação está sendo revisada mercado por mercado, com base nas condições locais”, informa o texto. “O diálogo sobre demissões temporárias foi iniciado em vários mercados e será seguido por outras demissões temporárias em outros mercados afetados pela situação do coronavírus”, continua.

Loja do grupo H&M
Mais de 3,4 mil lojas entre as 5.062 da H&M foram fechadas devido ao coronavírus

 

Peças da fast fashion sueca H&M
Com isso, a marca de fast fashion está buscando formas de diminuir seus custos

 

Loja do grupo H&M
Uma dessas medidas pode ser a demissão temporária de dezenas de milhares de funcionários de diversos setores

 

Loja do grupo H&M
O grupo classificou o momento como uma “situação extraordinária”

 

Especializada em fast fashion, a Hennes & Mauritz começou como Hennes, em 1974, na cidade de Vasteras. Iniciamente, destacou-se pela oferta de peças acessíveis. Nas décadas seguintes, expandiu-se e acrescentou o M (de Mauritz) no nome e outras marcas no catálogo. Hoje, atua em 74 mercados ao redor do mundo.

“É uma situação extraordinária, na qual somos forçados a tomar decisões difíceis, mas, a cada desafio, também há oportunidades e estou convencido de que nós, como empresa, depois de passar por isso,  continuaremos fortes”, completa Helena Helmersson, CEO do grupo H&M.

 

Colaborou Hebert Madeira

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