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Direto de Brasília: o modelo Jhonattan Burjack conquistou fama mundial

Em entrevista exclusiva, ele fala um pouco sobre sua trajetória recheada de capas de revista, desfiles para marcas renomadas e muito sucesso

atualizado

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Jhonathan
1 de 1 Jhonathan - Foto: Divulgação

Se você é aficionada por revistas de moda, com certeza já deve ter visto Jhonattan Lucas Tolentino Burjack em algum editorial ou propaganda de marca renomada. O rapaz, de apenas 23 anos, conseguiu, em pouco tempo, atingir um patamar de sucesso no universo fashion ao qual poucos modelos masculinos conseguem chegar.

Seja desfilando para a temporada internacional de Nova York, Paris, Milão e Londres ou trabalhando com grandes nomes da indústria da moda, como Dolce & Gabbana, Moschino e Armani, uma coisa é certa: Jhonattan sofreu uma metamorfose espetacular.

Foram necessários menos de 10 anos para o menino, nascido em família humilde do Gama, chegar às capas da Vogue. Antes de ser modelo, Jhonattan Burjack trabalhou na peixaria de um amigo, foi flanelinha, vendedor de latinhas, garçom e cuidador de animais. Além disso, ajudava o pai nas obras, como pedreiro. Apesar da origem modesta, ele afirma que viveu a naturalidade de uma infância saudável: soltava pipa, tomava banho de cachoeira e jogava futebol.

O destino interveio quando a namorada, Gabriella Pires, também modelo, o levou à agência Mega Models, de Brasília. A partir daí, ele garante, tudo aconteceu por acidente. O primeiro trabalho importante foi para a revista Made In Brazil, no Rio de Janeiro. Depois disso, decolou para as passarelas internacionais, sendo capa da Vogue Japão e da GQ britânica, e desfilando para Jean Paul Gaultier, Philipp Plein e Frankie Morello.

No ano passado, a Vogue britânica escolheu o rapaz como um dos rostos mais bonitos da passarela.

Atualmente, ele, que queria ser arquiteto, pensa em ser ator. Inspirado em Marlon Brando, chegou a fazer teste para o filme Aladdin, de Guy Ritchie.

O esplendor da fama chama atenção, especialmente quando se nota o curto espaço de tempo em que ele consagrou seu nome. Sabendo disso, muita gente tem curiosidade de entender como ele conseguiu alçar voos tão altos. Assim, não pensei duas vezes e fui atrás de uma entrevista exclusiva para achar todas as respostas para você.

Leia o nosso bate-papo e vem comigo saber mais!

 

Reprodução/MadeInBrazil

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Como foi sua infância em Brasília?
Incrível. Nasci e morei na cidade do Gama, onde fiquei por 20 anos. Fui criado na rua, vivia correndo para cima e para baixo, atrás de pipa e jogando futebol. Subia em árvores para pegar manga, goiaba e abacate. Puxei isso da minha família, que sempre foi muito aventureira. Meu pai levava eu e meus amigos para tomarmos banho de cachoeira pelas redondezas. Bons tempos.

O que mais se lembra dessa época?
Tive uma infância muito simples. Eu, meu irmão e meus amigos usávamos nossa criatividade para fazer carrinhos de rolimã e casas nas árvores. Brincávamos também de bandeirinha, queimada e pique-esconde. Tive uma família que sempre me passou bons valores. Meu pai, um pedreiro, e minha mãe, uma operadora de caixa, sempre nos ensinaram a buscar crescimento intelectual e correr atrás do nosso sustento.

Como começou a carreira de modelo?
Totalmente por acaso. Minha namorada desejava trabalhar internacionalmente como modelo, mas, como estávamos juntos, ela não queria me deixar no Brasil. Fomos à agência Mega Models de Brasília, e lá fui apresentado ao dono. Ele me perguntou se eu me interessava pela profissão, e eu disse que sim – mas não me via fazendo moda, porque era tímido. Um mês após essa conversa, eu e Gabriella tivemos a oportunidade de participar de um casting internacional para uma agência italiana. Eles nos adoraram e, assim, fomos viver na Itália. Foi nossa primeira viagem internacional.

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Qual era sua relação com a moda antes de ser modelo? E como é agora?
Não me importava muito com moda. Gostava de me vestir bem, mas não conhecia tanto esse universo. Hoje, sou fascinado. Adoro tudo que aborda estilo e tendências.

Como foi o processo de adaptação a outros países?
Foi natural. No começo, achava tudo muito diferente. No início, a dificuldade principal era a comunicação, pois não falava inglês e muito menos italiano. Quanto à cultura e à comida, me acostumei muito rápido. Por mais esquisito que possa parecer, eu estranho as coisas quando volto para o Brasil. É uma loucura.

Qual foi o melhor trabalho que já fez?
O mais importante foi a revista Vogue Japão. Tive a chance de fazer a capa e, sem dúvidas, foi um marco na minha carreira.

Divulgação/Vogue

 

Você tem alguma história inusitada vivida enquanto fazia temporada internacional?
Recentemente, estava indo para um casting e, de repente, um fotógrafo muito famoso chamado Gian Paolo Barbieri me encontrou na rua, veio falar comigo e disse que adoraria me conhecer melhor. Dias depois, fiz as fotos que, tenho certeza, vão mudar minha carreira. É surpresa. Em breve, mostro para vocês.

Ainda visita Brasília regularmente? Quais são seus lugares favoritos na cidade?
Vou ao Brasil duas vezes ao ano, em agosto e dezembro. Nesse tempo, fico mais no Gama, onde mora grande parte da minha família. Gosto de visitar a Chapada dos Veadeiros, que fica pertinho de Brasília.

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Trabalhando tanto tempo com moda, você sente vontade de ter sua própria marca?
Gostaria muito. Já pensei em lançar uma marca com roupas no meu estilo, mais urbano, skate style. Mas vou deixar para o futuro, até porque teria de pensar em um nome para a grife. Talvez Burjack’s Jeans [risos].

Você está namorando?
Eu estou namorando há seis anos a Gabriella Pires [também modelo internacional]. É quase um casamento.

O que pode adiantar sobre novos trabalhos?
Há pouco tempo, fiz uma campanha para a Dolce & Gabbana e alguns editoriais para a Vogue. Participei de algumas outras coisas, ainda em desenvolvimento.

 

 

Tem planos para o futuro?
Tenho vários. Se fosse citar todos, daria para fazer um livro. Sou uma pessoa de muitos sonhos, mas o foco principal para o futuro é ingressar no cinema como ator.

O que significa ser modelo para você?
Significa ser espelho para alguém. É como uma folha em branco na qual será desenhada uma arte. Para mim, ser modelo é também inspirar o ser humano. Pensando assim, tento ser uma pessoa praticante de um lifestyle saudável, alguém que ajuda o próximo e pensa sempre em melhorar o mundo.

 

Quer entrar na carreira de modelo? Descubra como!
O booker João Moreno, 24 anos, conta o que é preciso para um modelo iniciar carreira internacional. Além do inglês básico, ter hábito de alimentação saudável e praticar exercícios físicos para entrar nas medidas exigidas pelo mercado são alguns dos requerimentos. “É necessário ter maturidade, no sentido de aprender a viver sob sua própria responsabilidade, sabendo se organizar e cumprir com a agenda profissional. A carreira internacional não é uma viagem de férias”, explica o profissional.

A agência-mãe – a principal, com a maior responsabilidade – é a encarregada do planejamento da carreira. Cabe ao agente apresentar o profissional para o mercado internacional. As agências parceiras – localizadas em países onde o modelo trabalha – mantêm comunicação com a principal. Caso ocorra algo, o new face é realocado para outra sucursal ou mandado de volta para seu país de origem.

Veja algumas modelos de Brasília que estão construindo sua fama internacional, a exemplo de Burjack:

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