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Veja meus itens favoritos da coleção Cruise e primavera/verão da Dior

Conferi pessoalmente as peças criadas por Maria Grazia Chiuri, diretora criativa que trouxe seu olhar contemporâneo para a maison francesa

atualizado

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Bruno Pimentel/Metropoles
BrasÌlia (DF), 15/03/2018 Juana Ferreira apresenta nova coleÁ
1 de 1 BrasÌlia (DF), 15/03/2018 Juana Ferreira apresenta nova coleÁ - Foto: Bruno Pimentel/Metropoles

Peças-chave e acessórios de luxo da Dior desembarcaram em Brasília na tarde dessa quinta-feira (15/3). Juana e Cleuza Ferreira convidaram diversas entusiastas da moda para conferir de perto todo o requinte e beleza das coleções Cruise e primavera/verão 2018. Desfilados na última temporada, os looks, bolsas e sapatos são fruto da inspiração de Maria Grazia Chiuri. A atual diretora criativa da marca vem ganhando notoriedade exatamente porque consegue dar um ar moderno ao DNA da grife.

Para a temporada primavera/verão, a designer trouxe uma sensibilidade feminista para suas invenções, aparentemente dedicadas ao olhar meticuloso dos millennials – geração que dita tudo sobre moda e comportamento atualmente. Podemos ver isso nas frases empoderadoras das camisetas, na logomania das célebres bolsas Oblique e nos prints e bordados inspirados nas obras de Niki de Saint Phalle – considerada a primeira grande artista feminista do século 20 e inspiração de Maria Grazia para suas criações.

 

Já na coleção Cruise, a designer caprichou no clima desértico. Ao vasculhar os arquivos da marca, ela se deparou com pinturas rupestres pré-históricas da famosa Caverna de Lascaux, na França, que se tornou pública em 1940 e também serviu de inspiração para o próprio Christian Dior, em 1951. A versão repaginada da referência apareceu em prints de bolsas e peças dispostas no evento.

Além de vários modelos, tamanhos, cores e texturas da célebre Lady Dior, a coleção trouxe alças com temáticas mexicanas, penduricalhos com referências aos índios norte-americanos, estampas com alusão a elementos naturais da terra e cartas de tarô. Sem falar na própria superstição do fundador da casa – tema bastante explorado, sobretudo, nas bolsas com bordados místicos.

Quer ver a minha seleção de favoritos? Então, vem comigo!

 

 

J’adior, um must-have
Meu primeiro item não poderia ser outro. Finalmente consegui ter em mãos a maravilhosa J’adior Bag. Você deve se lembrar quando eu a mencionei como uma de minhas favoritas da temporada passada. Considerada um verdadeiro fashion statement, ela é muito versátil. Sua alça permite segurá-la na mão, para uma atitude decidida, ou, se preferir, transpassada com as alças no ombro, um look mais urbano e casual.

 

Bordados
Os modelos J’adior e Lady Dior aparecem com bordados extremamente luxuosos. A beleza também está nos detalhes minuciosos de cada um deles. As pequenas aplicações traduziram o lado supersticioso de Christian Dior. Bruno Meirelles, em Brasília à convite da marca, explicou que o lado místico do fundador da maison era tão aguçado que até a data de sua morte ele perguntou para uma cartomante.

Todas as bolsas com essa pegada contêm ilustrações que, segundo o criador, trazem sorte. Símbolos como estrelas, trevos-de-quatro-folhas, corações e abelhas (referência às costureiras de seu ateliê, chamado de Colmeia) aparecem unidos e entrelaçados de uma forma bem romântica.

 

Lady Dior Despojada
Em uma clara referência às terras mais áridas, alguns modelos repaginados da Lady Dior aparecem mais maleáveis e estruturados. O efeito desértico pode ser conferido na própria textura em alto-relevo da peça (bem parecida com pele de cobra), que também vem complementada por uma alça inspirada em temáticas mexicanas. O clássico penduricalho decorativo da marca veio na cor azul-jade, numa clara homenagem aos índios norte-americanos.

 

Bolsas inspiradas na arte de Niki de Saint Phalle
Pensando mais uma vez no empoderamento feminino, Maria Grazia Chiuri utilizou os desenhos coloridos e artísticos de Niki de Saint Phalle para modernizar a Lady Dior. A artista francesa ficou conhecida por criar esculturas chamadas de Nanas. Coloridas, modeladas e trabalhadas em uma variedade de formas e tamanhos, essas mulheres incorporam o espírito feminista de Saint Phalle.

Serpentes, estrelas, flores e outras figuras esotéricas em cores vibrantes mostram a constante luta da artista pela liberdade feminina. O tema dialoga muito bem com a proposta de Maria Grazia, a primeira mulher a ser diretora criativa da Dior.

 

 

Lascaux
Outro modelo que gostei muito foi este com tons terrosos, inspirado numa pegada mais primitiva. A referência principal são as pinturas nas cavernas pré-históricas de Lascaux, que inspiraram Christian Dior a criar uma coleção em 1951. Em pleno 2018, o item ganha força com um print de bolsa espetacular.

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Oblique
Os modelos com a logomarca da Dior também são um must-have da temporada. Ao descobrir que muitas fashionistas estavam indo atrás desses itens em brechós de luxo, Maria Grazia decidiu renovar o clássico Oblique. As alças são removíveis e ajustáveis.

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Lady Dior com franjas
Como já havia adiantado, as últimas temporadas de moda parecem estar realmente numa vibe de franjas. A maison francesa confirma que a tendência realmente veio para ficar. O modelo menor da Lady Dior apresenta seu charme em pequenas franjas handmade aplicadas estrategicamente.

Bruno Pimentel/Metrópoles Bruno Pimentel/Metrópoles


Alças
Um ponto de destaque das coleções da Dior são as alças. O olhar contemporâneo de Maria Grazia permitiu que a ideia de customização pudesse funcionar com todas as bolsas da marca. Apesar de a ideia ter sido explorada em outras grifes, como a Dolce & Gabbana, é sempre bom notar: a versatilidade oferecida pelas grandes labels pode ser um caminho perfeito para mostrarmos nossa personalidade.

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Sapatos
Com seu famoso bom gosto para acessórios (demonstrado desde a época em que comandava a Valentino), Maria Grazia é uma especialista em transformar o shape de um simples sapato em uma obra de arte. Os scarpins mais sofisticados ganharam bordados criativos na parte do calcanhar, enquanto os modelos J’adior de salto baixo possuem uma pequena fita preta bordada (também apareceu como detalhe nos corseletes estruturados da última temporada). Tudo muito conceitual!

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Tachinhas
As bolsas têm uma vibe rocker. Apesar de gostar muito dessa estética – e perceber que muita gente aprecia o toque distinto ao acessório –, sou adepta de complementos mais simples. O punk rock está muito inserido no meu estilo de roupa, portanto, na hora de escolher qualquer acréscimo, faço questão de ele ser mais clean, para equilibrar a produção.

No entanto, não posso deixar de falar dessas peças com tachinhas, porque até nelas a diretora criativa buscou representar a força da mulher independente.

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T-shirts empoderadas
Por falar em girl power, nada melhor do que encerrar esta matéria falando das camisetas com mensagens empoderadoras, sensação na última temporada. Na principal delas, Maria Grazia trouxe um novo questionamento: “Por que não existem grandes artistas mulheres?”.

A frase é inspirada no título de um ensaio feminista da historiadora de arte Linda Nochlin. No texto, as reivindicações da autora sugerem uma investigação histórica sobre como as mulheres continuam sem representação, sobretudo no campo das artes visuais.

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Wishlist
Já estou aguardando ansiosamente a Saddle Bag, outro must-have da temporada. O item foi refeito e agora aparece com estampa patchwork. Além de ter sido sensação no desfile da Dior, ele tem versatilidade, justamente por causa das opções de alça curta e longa. Simplesmente irresistível.

Getty Images

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Até a próxima!

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