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Ford enche de tecnologia a Ranger 2020 e mantém preços inalterados

Versão topo reconhece sinais de trânsito, freia se detectar possibilidade de atropelar pedestres e alerta motorista se mudar de faixa 

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Foto: Divulgação/Ford
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Em 2012, a Ranger era dona de 9,4% do mercado. No ano passado, chegou a 16,1%, superando a Volks Amarok e a Nissan Frontier. As líderes são a Toyota Hilux e a Chevrolet S10. Agora, a marca norte-americana dá mais uma boa tacada neste jogo duríssimo do segmento de picapes médias. Para conquistar mais participação, os executivos tomaram algumas no lançamento da linha 2020 do modelo.

Primeira providência

As vendas da versão Ranger movida a gasolina estavam num patamar de 8% – as demais 92% têm motor a diesel. Resultado: a Ford eliminou essa versão – que, na verdade, só compensa pelo preço, pois motor a diesel é mais forte, dura mais. 

E como o preço deste motor específico é mais alto, a empresa deu uma ajustada (veja abaixo) nas configurações e nos valores. Assim, todas as versões terão dois motores, ambos a gasolina – e os mesmos da linha anterior: continuam na labuta os 2.2 turbodiesel (de 160cv e 39,3kgfm) e o 3.2 turbodiesel de 5 cilindros (de 200cv e 47,9kgfm). 

O primeiro pode vir com câmbio manual de 6 marchas ou automático de 6 marchas com tração 4×2 ou 4×4 (com reduzida e bloqueio de diferencial); o segundo, só com câmbio automático de 6 marchas e tração 4×4.

Havia a expectativa que o motor EcoBlue 2.0 e a transmissão de 10 marchas do Mustang chegassem agora, mas quem os esperava vai se frustrar

Segunda providência

Foi incrementar o modelo com mais tecnologia: toda a linha já vem de série com o AdvanceTrac – com foco total na segurança do motorista, passageiros ou mesmo que estiver cruzando a rua. 

O sistema é composto por controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, controle automático de descida e assistência de frenagem de emergência – e nestas frenagens bruscas, luzes de emergência são acionadas. 

Tem também controle de oscilação de reboque e o (exclusivos) sistema anticapotamento e controle adaptativo de carga, além de diferencial traseiro blocante eletrônico.

A versão topo, a 3.2 Limited automática 4×4, se destaca pelos itens semi-autônomos de assistência ao motorista: tem reconhecimento de sinais de trânsito, frenagem autônoma com detecção de pedestres, alerta de colisão, permanência em faixa, controle de cruzeiro adaptativo e farol alto automático.

Versão Preço
XLS 2.2 4×2 AT R$ 128.250
XLS 2.2 4×4 MT R$ 147.520
XLS 2.2 4×4 AT R$ 154.610
XLT 3.2 4×4 AT R$ 176.420
Limited 3.2 4×4 AT R$ 188.990


Terceira providência 

A picape ganhou uma nova suspensão. Segundos os engenheiros, ela melhora a dirigibilidade e o conforto – e isso tanto no asfalto como na buraqueira. Este repórter a dirigiu por pouco mais de 70km em estrada de terra e asfalto na região de Mendoza, na Argentina (ela é fabricada, em Pacheco, na grande Buenos Aires) e constatou que ela ficou mais mole, sim. Aliás, a Ranger ficou bem mais agradável de dirigir – tanto no asfalto quanto na terra. A direção é leve, de boa pegada – bem estilo Ford.

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Detalhe curioso nesse tempo de intensa disputa ideológica: na apresentação em Mendoza, o diretor de Marketing, Antonio Baltar, mostrou que a picape tinha passado por um processo de coxinização. Risos soltos, risos abafados, mas a “coxinização” não é política, claro,mas a explicação técnica sobre o redesenho da barra estabilizadora, dos acertos no conjunto seguindo o peso de cada versão e do “refinamento’ do coxim, peça de borracha que tira a vibração do chassi do carro. 

 

Quarta providência

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Algumas versões ganharam mais equipamentos de conforto e segurança. A versão 2.2 XLS, por exemplo, agora vem com ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia SYNC 3 com tela de 8 polegadas, painel configurável com duas telas de 4,2 polegadas e novos faróis de neblina. Tem ainda sete airbags, câmera de ré e rodas de liga leve de 17 polegadas. A versão XLT 3.2, com tração 4×4 e transmissão automática, ganha bancos de couro, sensor de chuva, monitoramento individual de pressão dos pneus, faróis automáticos, estribos tipo plataforma cromados.


Saiba mais

Assistente autônomo de frenagem com detecção de pedestres
Funciona em velocidades de 5 km/h a 80 km/h, com o auxílio de duas câmeras e um radar. Ao identificar um veículo parado ou pedestre à frente, ele emite um alerta para o motorista e prepara os freios para uma frenagem rápida. Se o motorista não realizar nenhuma ação, ele aciona os freios automaticamente para evitar ou reduzir os danos de uma colisão.

Sistema de reconhecimento de sinais de trânsito
Usa as mesmas câmeras para rastrear as placas na pista, alertando o motorista sobre os limites de velocidade. O objetivo dos dois sistemas é proporcionar uma direção mais segura e tranquila. 


Mais detalhes

⇒ Tapa no visual

A picape é produzida na Argentina e teve poucas mudanças no design. E se concentram na frente: grade, para-choque, faróis principais e de neblina foram redesenhados. As  rodas de 18 polegadas ganharam nova pintura. 

Tampa da caçamba

Ganhou assistente de abertura e fechamento – uma mola, na verdade –  que reduz de 12kg para 3kg o peso na hora de movimentá-la. Mas só na versão topo de linha. Ficou muito, muito leve mesmo, movimentá-la.

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Cara n´água 

A capacidade de imersão de 800 mm e de reboque de 3,5 toneladas são outros atributos que destacam a Ranger dentro da categoria. Além disso, é a única que oferece cinco anos de garantia.

400 mil unidades vendidas

A Ranger chegou à América do Sul em 1994, vindo dos Estados Unidos. Em 1997, começou a ser produzida na Argentina. Desde então, já vendeu mais de 400 mil unidades na região. Em 2018, foi a segunda picape média mais vendida na região.

600 peças redesenhadas

Aparentemente, é difícil encontrar mudanças visuais na nova Ranger. Mas a Ford garante que ela teve 600 peças redesenhadas. A menor parte, é verdade, sequer poderá ser vista (as vinculadas à tecnologia, principalmente).

 

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