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Terceirizados do Itamaraty não conseguem tirar férias

Tem contínuo que trabalha há nove anos e só gozou duas férias. O problema ocorre devido ao rodízio de empresas de serviço de mensageiro

atualizado

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Bernardo Scartezini/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 ultima-imagem14 - Foto: Bernardo Scartezini/Especial para o Metrópoles

Se a diplomacia brasileira realizada pelo Itamaraty com o mundo neste novo governo tem sido polêmica, dentro de sua sede, na Esplanada, há uma situação paralela que também tem gerado preocupação. Terceirizados de empresas que prestam serviços de mensageiro estão sem tirar férias há anos.

Isso ocorre devido à rotatividade das firmas. Apesar de os contratos serem longos – alguns de até cinco anos -, muitas delas abrem falência no segundo ano de vigência do acordo. Quando a outra assume, zera o tempo de casa, o que faz com que as férias programadas sejam anuladas.

Uma fonte que falou com o Metrópoles, sob a condição de anonimato, disse que o quadro de contínuos terceirizados hoje é de 150 profissionais. A atual empresa está pendurada num contrato emergencial. A servidora contou que conhece um contínuo que trabalha há nove anos no Ministério das Relações Exteriores sob o regime de terceirizado. “Ele tirou apenas duas férias nesse tempo em que passaram seis empresas prestadoras de serviço”, disse a fonte.

Segundo ela, as empresas vencem a licitação, cumprem um ano de contrato, mas decretam falência em seguida. “Nunca ficam os cinco anos”, afirma ela. Ela emenda que os trabalhadores são sempre indenizados, mas raramente conseguem gozar as férias, pois já são incorporados à nova entidade.

A reportagem procurou a Assessoria de Imprensa do Itamaraty, mas, até o momento, não houve resposta.

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