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Servidores do meio ambiente culpam governo por vazamento de óleo

Para eles, a situação atual é um “show de horrores” ocasionada pela política ambiental da atual gestão, que causou “consequências agravadas”

atualizado

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Marcos Rodrigues/Secom Sergipe
Oleo praia nordeste
1 de 1 Oleo praia nordeste - Foto: Marcos Rodrigues/Secom Sergipe

Em nota, a Associação Nacional dos Servidores Ambientais Federais (Ascema) culpou o governo pelo que chamou de “maior desastre ambiental de vazamento de óleo” no Brasil. Segundo a entidade, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) extinguiu diversos colegiados responsáveis pelo meio ambiente e, com isso, causou “consequências agravadas”.

“Em claro ato de improbidade administrativa, que atenta contra os princípios da administração pública, extinguiu, de forma unicamente ideológica, tudo aquilo que não é do seu governo, sem qualquer motivação razoável. Tal irresponsabilidade deixou o país desguarnecido para esta situação de crise nacional”, diz trecho da manifestação.

Para a Ascema, as políticas ambientais não devem ser destruídas a cada novo governo, mas “aperfeiçoadas ao longo do tempo”. “O resultado do desmonte é que as primeiras manchas de óleo chegaram na praia no final de agosto e o que se assistiu foi a inépcia do governo federal em lidar com o desastre”, avalia a nota. A associação criticou ainda o Ministério do Meio Ambiente.

“O Ministério do Meio Ambiente (MMA) demorou a acionar o Programa Nacional de Formação e Capacitação de Gestores Ambientais (PNC), gerando ações desarticuladas e sem fontes de recursos orçamentários necessárias para situação de emergência que logo se formou”, diz a entidade.

O grupo ainda classificou como “show de horrores” a atual situação. “Isso é simplesmente um reflexo da atual política ambiental brasileira, que possui lideranças que perseguem, ameaçam e demonstram completo desapreço à conduta dos agentes ambientais em cumprimento do seu dever”.

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