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Majur rebate preconceito contra mulheres trans e celebra Dia da Mulher

A cantora baiana de 28 anos de idade falou sobre a representatividade e a importância das mulheres trans na sociedade brasileira

atualizado

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Divulgação (alto) e Caia Ramalho
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1 de 1 Foto colorida de Majur - Metrópoles - Foto: Divulgação (alto) e Caia Ramalho

Majur, cantora baiana, falou sobre a importância das mulheres trans na sociedade brasileira. A artista também celebrou o Dia da Mulher e falou sobre o preconceito no Brasil. “País que não aceita mulheres trans”, disparou.

Segundo a cantora, ser mulher na sociedade tem toda uma história, uma história de muita luta. “Elas lutam pelo espaço de estar no mercado de trabalho, de se acender socialmente… E hoje, na verdade, a gente tem um comando das mulheres e eu fico muito feliz que a gente está começando, de fato, um matriarcado, saindo desse patriarcado sujo, que nos aprisionou durante muito tempo”, disse para a Caras.

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“O que estou falando é que não só pessoas trans se referenciam, mas mulheres cis (cisgênero, usado para definir pessoas que se identificam com o gênero que é designado quando nasceram, o qual é associado socialmente ao sexo biológico) também, pela luta, pela conquista. Se para uma mulher cis é difícil, imagina para uma mulher trans? Se eu cheguei, é possível todas chegarem, todas vão chegar”, ressaltou na entrevista.

A cantora também falou sobre o empoderamento que tenta passar com suas músicas. “Percebi que minha imagem era representativa para outras pessoas quando comecei a cantar e aparecer na mídia. As pessoas começaram a se referenciar. Aí, entendi o que significava a representatividade, significava que o meu corpo era um corpo político. E fui pega porque queria ser (apenas) cantora, não ia falar do meu gênero, nada do tipo”, pontuou Majur.

“Nenhuma mulher fica falando do seu gênero o dia inteiro. Mas quando percebi, em algum momento, que éramos minoria na sociedade, a necessidade de ter a minha imagem ali, era gigantesca. Em uma sociedade que tem estatística de morte de mulheres trans, é o País que mais mata mulheres trans no mundo, psicologicamente e fisicamente… Então foi um processo que eu trouxe para a música porque tinha que trazer, não tinha como. Nas canções, falo de mim, e a partir de mim, acaba referenciado outras meninas”, explicou Majur.

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