YouTube exclui vídeo de Bolsonaro publicado no canal do filho Carlos

Plataforma suspendeu o canal do presidente na segunda (25/10). No entanto, Carlos Bolsonaro replicou um dos vídeos do pai em sua conta

atualizado 29/10/2021 17:57

Bolsonaro falando em live e interprete de libras ao lado Facebook/Reprodução

O YouTube removeu do seu domínio vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece relacionando a vacina contra a Covid-19 à Aids. Desta vez, a gravação estava no canal do filho Carlos Bolsonaro. Na segunda-feira (25/10), a plataforma suspendeu o perfil do chefe do Executivo Federal no site, por uma semana, devido às fake news divulgadas pelo presidente sobre o imunizante contra o coronavírus.

A rede social entendeu que Carlos burlou a punição ao replicar o vídeo do pai em seu canal.

“O YouTube removeu a live do presidente Jair Bolsonaro publicada pelos canais Pingos nos is e Carlos Bolsonaro por violar nossas diretrizes, que proíbem conteúdos de criadores que estejam sob alguma restrição. O canal do presidente Jair Bolsonaro segue temporariamente suspenso, impedido de enviar vídeos com novos conteúdos ou fazer transmissões ao-vivo, de acordo com a nossa política de alertas e avisos”, disse a rede ao Metrópoles.

Entenda o caso

Na segunda-feira (25/10), a plataforma suspendeu o canal de Jair Bolsonaro (sem partido) por uma semana, após o mandatário infringir as diretrizes do site e publicar um vídeo com informações falsas.

Nas imagens, que também foram publicadas no Facebook e no Instagram, e suspensas nas duas plataformas, Bolsonaro afirma que a vacina contra a Covid-19 tem relação com diagnóstico positivo para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).

A afirmação é falsa e não tem embasamento científico. A suspensão no YouTube ocorre porque o presidente já havia recebido alerta em julho, quando teve removidos 15 vídeos “por violar as políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19”. Caso reincida três vezes em 90 dias, Bolsonaro poderá ter seu canal banido da plataforma.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota no domingo (24/10) desmentindo Bolsonaro e afirmando que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids)”.

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