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YouTube anuncia que banirá vídeos antivacinas

A plataforma vai retirar do ar qualquer conteúdo que diga que imunizantes não reduzem a transmissão de doenças

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
DF começa a imunizar jovens de 12 anos e reforça vacina de idosos de 80 anos
1 de 1 DF começa a imunizar jovens de 12 anos e reforça vacina de idosos de 80 anos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O YouTube decidiu banir qualquer conteúdo antivacina de sua plataforma. A decisão da empresa, controlada pelo Google, foi anunciada nesta quarta-feira (29/9). O esforço englobará desde vídeos que mentem ao dizer que imunizantes não são eficazes no combate a doenças até os que dizem que vacinas causam problemas de saúde como autismo ou infertilidade.

Também está na mira da rede social produção que alegam a existência de um microchip de rastreamento dentro das vacinas contra a Covid-19. Esse tipo de notícia falsa convenceu, entre outros, o jogador da NBA Kyrie Irving, que não tomou o imunizante por essa razão.

A nova política expandiu um banimento anterior, mais restrito à pandemia de Covid-19. O movimento antivacina é anterior à pandemia do coronavírus e tem mais força em países europeus e nos Estados Unidos. Por conta dele, desde meados de setembro de 2021, apenas 65% dos adultos americanos elegíveis estão totalmente vacinados. Essa onda negacionista pode provocar a disseminação da Covid-19 no país.

O problema é particulamente grave nos estados mais conservadores, que tendem a votar mais no partido republicano e por isso são conhecidos como estados vermelhos (red states, em inglês). Esses estados costumam também ter a menor taxa de vacinação.

A plataforma de vídeos permitirá conteúdos com depoimentos pessoais sobre vacinas, políticas de imunização e novos testes de imunizantes.

Só no ano passado, o YouTube removeu 130 mil vídeos que violaram as suas políticas relativas à Covid-19. Isso não incluia, entretanto, vídeos que estavam no limite do permitido e discutiam ceticismo vacinal, por exemplo.

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