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Viúva de Anderson luta por justiça após prisões: “Estado mata, mente”

Declarações de Agatha foram feitas em discurso durante a sessão em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados

atualizado

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Reprodução/TV Câmara
Agatha Reis, viúva de Anderson Gomes
1 de 1 Agatha Reis, viúva de Anderson Gomes - Foto: Reprodução/TV Câmara

Aghata Reis, viúva do motorista Anderson Gomes, assassinado em 2018 no atentado contra a vereadora Marielle Franco, cobrou, nesta terça-feira (26/3), justiça e punição aos criminosos.

As declarações de Agatha foram feitas em discurso durante a sessão solene em homenagem a Marielle e Anderson, no plenário da Câmara dos Deputados, seis anos após o crime. Agatha participou do evento de forma virtual.

 

A viúva do motorista fez críticas ao envolvimento de autoridades do Rio de Janeiro no crime. No domingo (24/3), agentes da Polícia Federal (PF) prenderam três suspeitos de idealizarem o atentado.

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deputado federal Chiquinho Brazão (RJ); o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, estão detidos em Brasília.

“Espero uma justiça forte e já com medo de quem mais pode surgir, qual autoridade. Já tenho tanto medo, tantas dúvidas, mas torço para que a gente consiga desmantelar esssas situações. O que a gente mostrou com a a prisão dos três mandantes é que o Estado ainda nos deve muitas respostas, e o Estado mata, mente, oculta e acaba com famílias, devasta nossas vidas”, afirmou Agatha.

Ela acrescentou que tenta ensinar ao filho os valores construídos por Anderson Gomes. O filho do casal tinha apenas 1 ano quando o motorista foi assassinado.

“Tento mostrar para o meu filho o excelente profissional que o Anderson era, o excelente marido. Dar os valores que o Anderson tinha. Quero muito que o Arthur cresça em um país muito melhor. Espero que todos nós tenhamos empenho e que esse dia chegue logo. Seis anos está sendo muito tempo”, ressaltou.

CCJ vota prisão

A sessão desta terça ocorre na mesma data em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados vota a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, um dos idealizadores do crime.

A Constituição Federal determina que, por ser parlamentar, Chiquinho Brazão tem o mandato inviolável civil e penalmente — exceto nos casos de prisão em flagrante por crime inafiançável. Por isso, caberá à Câmara dos Deputados analisar a decisão da Suprema Corte. O processo terá relatoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC).

Depois da análise na CCJ, o processo precisará ser analisado pelo plenário da Câmara. Após a leitura e a discussão do parecer, os deputados devem votar sobre a manutenção da prisão. O quórum é de maioria absoluta, ou seja, 257 deputados. A votação é aberta. Após a decisão da Casa, a presidência da Câmara promulga a resolução durante a sessão.

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