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Vídeo: homem diz ser juiz e tenta entrar sem máscara em posto no Rio

Advogado, de 70 anos, que tentou ser vacinado no dia previsto para idosos com 75, xinga funcionários de unidade de saúde na Zona Sul do Rio

atualizado

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Reprodução redes sociais
Homem, sem máscara, tenta entrar em posto de vacinação no Rio
1 de 1 Homem, sem máscara, tenta entrar em posto de vacinação no Rio - Foto: Reprodução redes sociais

Rio de Janeiro – Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma confusão no Centro Municipal de Saúde Vila Canoas, em São Conrado, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, no último dia 19. As imagens revelam um homem exaltado, sem máscara, tentando entrar na unidade de saúde para ser vacinado contra a Covid-19.

Acompanhado de uma mulher, ele discute com funcionários alegando ser juiz, além de realizar xingamentos contra os agentes de saúde do posto de vacinação.

“Chama lá (a polícia), chama lá, eu sou juiz. Chama lá, eu sou juiz, seu m…”, gritou o homem.

“Aqui está aberto para cuidar da gente, não para não cuidar da gente, tá entendendo, seu m…? Pode botar na internet”, continuou.

O barraco foi parar na 15ª DP (Gávea), que instaurou um termo circunstanciado para apurar a ação. Segundo a Polícia Civil do Rio, o homem foi identificado e convocado a prestar depoimento.

O “falso” juiz

Ao G1, o homem, que se chama Fernando Roberto Rodrigues, diz ser advogado, e não juiz como afirmou no vídeo. A mulher foi identificada como Ruth Sabba.

Rodrigues nega que tenha dito ser juiz e questiona a postura dos funcionários.

“Não teve nada disso. O que aconteceu foi que cheguei no posto, onde 10 pessoas estavam à toa, jogando no celular, sem querer nos atender. Eles diziam que era a hora do almoço e empurravam as pessoas para fora. Nós estamos no meio de uma pandemia. Todo mundo quer se vacinar. Não sou juiz e não dei carteirada. Sou é advogado há 40 anos”, afirmou.

Em 19 de março, o calendário de vacinação da cidade do Rio previa atendimento para homens com 75 anos, mas o advogado tem 70 e sua mulher, 72.

Questionado pelo G1 sobre não usar a máscara de proteção como foi pedido pelos funcionários, ele disse:

“Eu não sou o vilão. Quero que todo mundo seja vacinado. Minha mulher é deficiente auditiva e não nos vacinaram por causa de máscara?”, argumentou.

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