metropoles.com

Vice-presidente do PT lucra cerca de R$ 1 mi em camarote na Sapucaí

Valor não contabiliza desfile das campeãs, no próximo sábado; este é o 3º carnaval do “Camarote Favela”, organizado pelo vice do PT

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Imagem colorida mostra Washington Quaquá, deputado federal e vice-presidente nacional do PT - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Washington Quaquá, deputado federal e vice-presidente nacional do PT - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

Point de políticos do PT nesse carnaval, o camarote de carnaval organizado pelo vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá (RJ), rendeu um lucro neste ano de cerca de R$ 1 milhão. O valor é do balanço feito até o momento, com ainda algumas despesas a serem pagas, e que não contabiliza o desfile das campeãs, no próximo sábado (25/2), quando poderá vender mais ingressos.

“Camarote é um bom negócio. Não é a toa que todo mundo faz; que tem empresários que fazem os grandes camarotes. Eu diminuí o lucro, porque dei muitos convites para a favela. Mas, no balanço, deu lucro, sim. Camarote é um negócio. É é uma parte das coisas que eu faço pra viver”, disse o deputado federal ao Metrópoles.

O “Camarote Favela”, como é chamado, foi criado em 2020 e é realizado por uma empresa comandada por Quaquá e sua esposa, Gabriela Lopes. O objetivo, segundo o deputado, é “democratizar” o acesso aos camarotes da Sapucaí, no Rio de Janeiro.

Para isso, todo ano a organização concede ingressos a lideranças comunitárias e pessoas que fazem trabalhos sociais nas favelas do Rio de Janeiro. Neste ano, foram 300 ingressos por dia (de um total de 1 mil) ao público.

Apesar desse objetivo, o preço não deixa de ser “salgado” para o trabalhador em geral: o valor do ingresso por dia fica entre R$ 1.500 e R$ 2.500, segundo o deputado, mas pode ser ainda maior a depender da proximidade com a data do carnaval.

“Não é uma coisa para ter lucro absurdo. A gente modula para ter um lucro razoável e oferece para o pessoal da favela a participação”, afirma.

Neste ano, o Camarote Favela não abriu venda de ingressos para o público. A venda foi feita para empresas, empresários, políticos e outros conhecidos, em uma espécie de “boca a boca” para um público selecionado.

“Ano que vem é provável que a gente venda [para o público em geral]. Neste ano, como o país está muito polarizado, a gente não queria gente de fora do nosso universo. Muitos deputados convidados e resolvemos fazer mais corporativo”, disse.

Questionado sobre as empresas que adquiriram ingressos, o deputado disse que não sabia informar. Além dos empresários, muitos políticos passaram pelo local, como o líder do governo na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), vereadores, prefeitos e deputados do Rio.

A gente aluga da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) há três carnavais e vende. Como tudo que se faz, o que acontece no capitalismo: você compra um produto por 1X e vende por 2X. Organizamos tudo e vendemos. É um negócio. – Washington Quaquá

Entre as atrações musicais estava Margareth Menezes, que, segundo Quaquá, foi contratada antes de se tornar ministra da Cultura.

0

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?