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Variante brasileira do coronavírus é predominante em SP, indica estudo

Estudo da USP detectou presença das variantes em 71,2% de amostras de pacientes doentes da capital, que agora são mais jovens

atualizado

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Robson Valverde/SES-SC
laboratório
1 de 1 laboratório - Foto: Robson Valverde/SES-SC

São Paulo – O tipo de coronavírus que predomina entre os pacientes com Covid-19 em São Paulo, capital, é o P.1., também conhecido como variante brasileira ou variante de Manaus. A segunda variante mais encontrada nos pacientes paulistanos é a do Reino Unido.

Juntas, as variantes estão presentes em 71,2% de amostras coletadas em um estudo feito no mês de março, em uma parceria entre o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Essa mesma dominância da variante brasileira também foi identificada na súbita alta de casos em Araraquara, em fevereiro.

Os dados foram divulgados pelo secretário de Saúde Edson Aparecido, em entrevista a jornalistas na manhã desta sexta-feira (26/3).

De acordo com o estudo, 10 casos foram identificados na zona norte da cidade. Nove casos, nas zonas leste e sudeste, oito, na oeste e sete, no centro da capital paulista.

“Nós começamos a detectar mais pessoas com a variante P.1. a partir de 22 de fevereiro. É muito claro que as variantes já estão disseminadas por toda a cidade. E é em função desses novos vírus que circulam na cidade o aumento das notificações de casos”, concluiu Edson Aparecido.

Disseminação de variantes em São Paulo, capital
Disseminação de variantes em São Paulo, capital

Na mesma entrevista, Aparecido também divulgou a “mudança da pirâmide” da faixa de idade entre os doentes com Covid-19. Há um maior número de diagnósticos em pessoas entre 20 e 54 anos. Sendo as pessoas com idades entre 35-39 anos as mais infectadas (15.220 casos em São Paulo, capital, em 2021).

Mais jovens estão sendo diagnosticados com Covid-19
Mais jovens estão sendo diagnosticados com Covid-19

“É uma característica mais acentuada dessas novas variantes. Agora, são os jovens que procuram mais a rede de saúde com sintomas graves e muitos em estágio avançado”, declarou Edson Aparecido, secretário de Saúde do município de São Paulo.

O secretário ainda apontou o crescimento na letalidade do vírus nos pacientes que precisam de tratamento intensivo. De acordo com Aparecido, no ano passado, 27% desses pacientes morriam. Agora, essa porcentagem saltou para 35%.

Metodologia da detecção de variantes

Para o estudo de identificação de variantes, pesquisadores do IMT-USP recolheram 92 amostras de material biológico de pessoas com Covid-19, das quais 73 eram de residentes de São Paulo.

Dentre as amostras dos paulistanos, 52 eram “variantes de preocupação” (variants of concern), sendo que 47 tinham a presença da variante P.1. (64,4%) e cinco tinham a presença da variante britânica (6,8%).

Monitoramento de variantes em São Paulo
Monitoramento de variantes em São Paulo

 

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