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Van Hattem sobre Dallagnol: vingança contra quem combateu a corrupção

Cassação de Dallagnol foi “completamente casuística”, diz vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Marcel Van Hattem

atualizado

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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1 de 1 marcel-van-hattem1 - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A decisão, por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar a validade do registro de candidatura do deputado federal e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos) repercutiu entre seus companheiros na Câmara. O vice-líder da oposição na Casa, Marcel Van Hattem (Novo), afirmou que foi uma “decisão completamente casuística” e isso se percebe pela forma como ela foi tomada: “Rápida, sem nenhuma discussão”.

“Havia um interesse em resolver assunto logo e dar um retorno não à Justiça brasileira, mas àqueles que estão querendo justamente se vingar de quem combateu a corrupção no Brasil”, apontou Hattem.

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Os ministros do TSE consideraram que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para escapar de julgamento, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022. Assim, os magistrados consideraram que o ex-procurador da Lava Jato frustrou a aplicação da lei.

Marcel Van Hattem discordou do ponto de vista dos ministros. E afirmou que vê uma oportunidade de os brasileiros enxergarem “o grave momento que nós vivemos”, segundo ele, “com poucas pessoas com má índole conseguindo provocar num país de uma maioria de pessoas decentes”.

“Certamente, isso levantará a nação brasileira contra a injustiça e contra a corrupção. A gente não pode perder o ânimo. Pelo contrário, a gente tem que lembrar que tudo que aconteceu na Lava Jato para combater a corrupção agora precisa ser intensificado nas vozes dos milhões de brasileiros que sempre apoiaram”, concluiu o deputado.

A decisão

Com a decisão, o TSE derrubou entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que tinha negado, em outubro de 2022, a impugnação do registro, logo após Dallagnol se eleger deputado federal, com 344,9 mil votos — o mais votado do estado.

Agora, o TSE comunica ao TRE/PR a decisão, para fim de imediata execução. Dallagnol ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, ele já perde o cargo, e os votos recebidos não são anulados, mantendo-se o cômputo dos votos em favor da legenda do candidato. Com isso, o beneficiado é o segundo mais votado, do partido de Dallagnol.

A defesa do ex-procurador já antecipou que entrará com recurso no STF.

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