O rompimento de uma barragem de resíduos de minério da Vale, em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro de 2019, deixou ao menos 270 pessoas mortas. A namorada de uma dessas vítimas conseguiu na Justiça o direito a ser indenizada em R$ 100 mil pelos danos morais da perda do amor dela, com quem se casaria meses depois se não fosse a tragédia, o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas.
A decisão foi proferida pela Quinta Turma do TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais), que acatou o voto do relator juiz Mauro César Silva, confirmando sentença da 6ª Vara do Trabalho de Betim, também em Minas.
A Vale, condenada a pagar a indenização, ainda poderá recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Atingidos pelo desastre fizeram protesto em frente ao TJMGMAB/Reprodução/Redes Sociais

Acordo entre Vale e governo estadual é de R$ 37,7 bilhõesMAB/Reprodução/Redes Sociais

Bombeiros localizam caminhonete perdida desde primeiro dia de buscas em BrumadinhoDivulgação/ Corpo de Bombeiros



Rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, deixou ao menos 270 mortosIgo Estrela/Metrópoles

Rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, deixou ao menos 270 mortosBárbara Ferreira/Especial para o Metrópoles

Rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, deixou ao menos 270 mortosDivulgação/ CBMMG

No processo, a namorada alegou ter necessitado de longo tratamento psicológico para lidar com o luto.
No julgamento, o relator do processo rebateu alegação da Vale, de que sempre cumpriu as normas de saúde e segurança do trabalho inerentes às atividades.
“A manutenção do refeitório em área de risco, por exemplo, viola frontalmente a Norma Regulamentadora nº 24, do antigo MTE, que estabelece que o refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos”, escreveu o magistrado.
A empresa mineradora não se manifestou sobre a decisão.