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Posse ilegal de arma motivou prisão de Valdemar Costa Neto

Presidente do PL foi alvo da operação Tempus Veritatis e, nas buscas, PF encontrou arma que não teria registro

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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1 de 1 imagem colorida mostra valdemar costa neto, presidente do pl, partido de jair bolsonaro - Metrópoles minuta golpista - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2) por posse ilegal de arma. O armamento foi encontrado pelos agentes durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados pelo suposto planejamento de um golpe de Estado após derrota nas eleições de 2022.

Costa Neto foi preso em sua residência, na região central de Brasília, que fica no mesmo prédio que a sede do PL, também visitada pela PF no início da manhã desta quinta.

Em contato com a reportagem, a defesa do presidente do PL alega que a arma estaria registrada no nome de um filho de Valdemar. Valdemar está detido na sede da PF, na área central de Brasília.

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Tempus Veritatis

A PF cumpriu mandados de prisão e busca nesta quinta, no âmbito de investigação sobre suposta organização criminosa que trabalhou para uma tentativa de golpe de Estado.

Além de Costa Neto e Bolsonaro, foram alvo de busca e apreensão pessoas próximas do ex-presidente e que fizeram parte de seu governo, como o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Braga Netto e Anderson Torres, ex-ministros que chefiaram as pastas da Defesa e Justiça respectivamente.

Já entre os presos, estão Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Atualmente, Câmara era segurança de Bolsonaro contratado pelo PL.

Outros presos na operação desta quinta são o coronel do Exército Bernardo Romão e o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins.

No total, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. A operação foi batizada de Tempus Veritatis.

O ex-presidente recebeu em Angra dos Reis a visita de agentes da Polícia Federal. À coluna Grande Angular, do Metrópoles, ele disse que ainda tenta entender por que foi alvo da busca e apreensão.

Bolsonaro afirmou que não é medo o que sente em relação a ser preso. “Hoje em dia não é medo. Hoje tudo pode acontecer com qualquer pessoa no Brasil. Em nome de salvar a democracia estão fazendo barbaridades.”

Confira os nomes de todos investigados alvos da operação

  1. Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
  2. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
  3. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
  5. General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
  6. Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
  7. General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  8. Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
  9. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
  10. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações, como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
  11. Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
  12. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
  13. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
  14. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
  15. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
  16. Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  17. Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
  18. Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  19. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
  20. José Eduardo de Oliveira e Silva;
  21. Laércio Virgílio;
  22. Mario Fernandes;
  23. Ronald Ferreira de Araújo Júnior;
  24. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros.

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