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Vacinação de crianças não é “assunto consensual”, diz Queiroga

Declaração foi dada um dia após a Anvisa aprovar o uso da vacina Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos

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ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, me coletiva de imprensa de apresentação do cronograma de vacinação da Covid-19 para 2022
1 de 1 ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, me coletiva de imprensa de apresentação do cronograma de vacinação da Covid-19 para 2022 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (17/12), que a imunização de crianças contra a Covid-19 não é um “assunto consensual”. A declaração foi dada um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos.

Apesar do aval da agência reguladora, cabe ao Ministério da Saúde decidir se inclui ou não o imunizante para crianças no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Além disso, é responsabilidade do governo federal adquirir as doses para a vacinação desse público.

Na noite de quinta-feira (16/12), mostrando claro desconforto com o tema, que vem sendo rejeitado muito fortemente por bolsonaristas, Queiroga evitou se comprometer com a imunização de crianças. Afirmou que o assunto será “amplamente discutido” na pasta antes que a decisão seja tomada, mas adiantou que a medida não será adotada em 2021. Nesta sexta, Queiroga repetiu que a vacinação infantil contra a Covid será avaliada pela câmara técnica do órgão, mas disse que o assunto não é “consensual”.

“Queremos discutir esse assunto de uma maneira aprofundada, porque não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, há os que defendem de maneira entusiasta, há os que são contra”, afirmou.

O ministro afirmou que divulgará um “cronograma” no momento que a análise for iniciada, e que pretende dialogar sobre o tema com o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público Federal.

Apesar dos argumentos de Marcelo Queiroga em defesa de mais análises técnicas sobre a vacinação infantil, a questão já foi discutida por diversas entidades médicas. A avaliação da Anvisa contou com parecer de membros da agência e de participantes de sociedades de diversas áreas.

Entre os grupos estão a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; a Sociedade Brasileira de Infectologia; e a Sociedade Brasileira de Imunizações.

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Vacinação infantil

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguirá uma série de protocolos para garantir que a imunização dessa faixa etária seja segura.

De acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Além disso, a dosagem do imunizante será especial, de apenas 3 microgramas. Para adultos, o volume é de 10 microgramas.

O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que, mesmo com a diminuição da dosagem, a proteção contra a Covid segue garantida para as crianças.

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