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Vacina contra Covid-19: clínicas particulares terão que obedecer grupos prioritários

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) negocia com laboratório indiano a compra de cinco milhões de doses da Covaxin

atualizado

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Depois de a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informar, neste domingo (3/1), que negocia com o laboratório indiano Bharat Biotech a compra de cinco milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19, o Ministério da Saúde se manifestou sobre o assunto e afirmou que, mesmo com o imunizante disponível para compra, os grupos prioritários propostos pela pasta devem ser obedecidos.

“O processo de vacinação contra o vírus no país deverá ser realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Plano de Operacionalização da Vacinação já apresentado. Os grupos prioritários, propostos pelo Ministério da Saúde em parceria com Conass e Conasems, devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”, disse o ministério, em nota.

O imunizante, chamado de Covaxin, teve o seu uso emergencial na Índia aprovado neste domingo pelas autoridades daquele país, mas ainda depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usado no Brasil.

Na Índia, a vacina está na fase três de testes, etapa em que a eficácia é verificada. De acordo com a agência Reuters, o país aprovou o uso emergencial da vacina em meio a criticas sobre a falta de informações a respeito da eficácia do imunizante.

Segundo o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, a expectativa é a de que o resultado da terceira fase dos testes saia ainda neste mês de janeiro. Se isso se confirmar, o laboratório deve entrar em fevereiro com pedido de registro definitivo na Anvisa.

Grupos prioritários:

Trabalhadores da saúde, idosos (primeiro aqueles acima de 75 anos de idade e, depois, acima dos 60 anos), pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento, e funcionários do sistema prisional.

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