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Um dia após assediar egípcia, médico pediu desculpas: “Brincadeira”

Médico bolsonarista foi preso nesse domingo (30/5), no Egito, após assediar mulher, com frases de duplo sentido

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Médico Victor Sorrentino, preso nesse domingo (30/5) no Egito acusado de assediar uma mulher
1 de 1 Médico Victor Sorrentino, preso nesse domingo (30/5) no Egito acusado de assediar uma mulher - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O médico bolsonarista Victor Sorrentino (imagem em destaque) disse, após assediar uma mulher que estava tentando lhe vender papiro, no Egito, que as declarações eram apenas uma “brincadeira de mau gosto”.

Victor foi preso nesse domingo (30/5), no país africano. A prisão foi noticiada pela Al Jazeera.

No vídeo que viralizou nas redes sociais e motivou a prisão, o médico fala à mulher: “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”. A atendente sorri durante a fala do turista, aparentemente sem entender o duplo sentido das frases.

O caso aconteceu em 24 de maio. No dia seguinte, após repercussão negativa, o médico bolsonarista retornou ao estabelecimento para pedir desculpas à mulher egípcia.

“Entre as brincadeiras, houve uma brincadeira de mau gosto com mulheres, e que eu faço com minhas amigas, meus familiares, no Brasil. Mas, com quem a gente não conhece, as pessoas ficam assim: ‘Poxa, ele foi ruim, foi uma pessoa má com ela. Foi uma brincadeira deselegante'”, disse, ao lado da mulher.

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Ao explicar a “piada”, ele pede para que a mulher não fique “vermelha”.

“Me desculpa. Eu não fiz para te ofender. Fiz por causa de uma brincadeira. Como vi que tu era muito risonha – risonha é uma pessoa que ri muito – e estava brincando com a gente, eu acabei brincando”, prossegue Victor.

“As pessoas são tão raivosas que elas não aceitam, às vezes, no Brasil, nem que você aceite uma desculpa. Então, no Brasil é assim: ‘Não, mas como? Ela não deveria ter sido assim… Ela deveria enxergar a maldade que eu tenho…'”, diz.

A seguir, veja o pedido de desculpas do médico. O vídeo foi cedido ao Metrópoles pelo ativista Antonio Isuperio, que denunciou o caso em redes sociais.

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