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“Trump não inventou as fake news. Foram Dilma e João Santana”, acusa Marina

Apesar de dizer que não guarda rancor, ex-candidata reclama de ter sido muito atacada na campanha de 2014. “Não esperava isso de uma mulher”

atualizado

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A  ex-ministra e ex-candidata a presidência Marina Silva (Rede-AC) reafirmou em entrevista ao Metrópoles que não conta com o PT na frente que tenta unir para lutar contra o presidente Jair Bolsonaro. Marina criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse preferir conversar com ex-adversários, como o tucano Fernando Henrique Cardoso.

Na conversa, ela jurou que não guarda rancor, mas mostrou que não esquece o embate da campanha presidencial de 2014. “Foi cruel (sic) as fake news, a desconstrução da minha biografia, os ataques”, relembrou ela. “Quem inventou as fakes news não foi o Trump. Foram a Dilma e o João Santana”, emendou, citando a ex-presidente e seu marqueteiro de campanha.

“Eu não esperava que viesse de uma mulher esse tipo de ataque”, confessou Marina. “Foi mais virulento comigo do que com Aécio Neves.”

Veja a entrevista:

Marina disse também que o governo “fabrica crises, não tem um plano de enfrentamento da pandemia e perde um ministro atrás do outro: já dois da Saúde, o da Justiça e agora o da Educação”.

A demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação foi comemorado por ela, que cobrou também a queda de Ricardo Salles do Meio Ambiente.

Alianças
Ciro, ao Metropoles, disse que “com o lulopetismo corrompido” ele “não andará junto nunca mais”. “O Lula não está bem. Estamos vivendo a maior crise de saúde pública de nossa história e nossa economia está sendo devastada. Ajudar a resolver isso é nossa primeira prioridade. Pensar em eleições só atrapalha neste momento. Mas é o que está na cabeça dele e do Bolsonaro. E nosso povo está sofrendo. Mas está claro que com essa parte do lulopetismo corrompido não andarei junto nunca mais”, disse Ciro, que tem defendido a tese de que os governos petistas fizeram muito mal ao país, a ponto de jogar o Brasil “no colo” de Bolsonaro.

Marina corrobora a visão de Ciro e ressuscita a cobrança de um pedido de desculpas do PT pelos erros no governo. “O PT já se excluiu de qualquer debate com o campo democrático progressista, porque não faz autocrítica dos erros cometidos. Quem não faz autocrítica dos gravíssimos erros éticos está disposto a continuar com as mesmas práticas e atitudes”, disse, ao Metrópoles, em recente entrevista.

A entrevista está sendo realizada pelos jornalistas Guilherme Waltenberg, editor de política do portal, e Luciana Lima, repórter de política, e é transmitida pelos canais no YouTube, Facebook e Instagram.

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