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Testemunha do caso Daniel relata execução: “Vi ele sendo enforcado”

Pela primeira vez, Lucas Mineiro mostra o rosto após o crime. Ele presenciou agressões contra o ex-jogador na casa da família Brites

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jogador Daniel assassinado há mais de uma semana na casa do casal em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba
1 de 1 jogador Daniel assassinado há mais de uma semana na casa do casal em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba - Foto: REPRODUÇÃO/SÃOPAULOFC

Exibindo o rosto pela primeira vez, a principal testemunha do assassinato do ex-jogador Daniel Correa, Lucas Stumpf – conhecido como Lucas Mineiro –, resolveu falar sobre o dia do crime. Em entrevista à RPC, filial da Globo no Paraná, o jovem contou ter visto o assassino confesso Edison Brittes enforcando o ex-jogador em cima da cama. Ele disse ainda que a esposa do suspeito, Cristiana Brittes, pedia por socorro.

Lucas Mineiro estava na comemoração do aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison, na casa noturna Shed, em Curitiba. Após o evento, ele foi um dos convidados para continuar a festa na casa da família. Foi lá que ele presenciou uma sessão de espancamento contra Daniel.

“No momento em que olhei pela janela, eu vi ele [Daniel] na cama sendo enforcado. Eu vi o Edison enforcando ele em cima da cama, batendo em cima da cama. Ele [Daniel] estava de cueca e camiseta”, contou Mineiro.

O jovem afirmou que a esposa de Edison estava no quarto quando o marido cometeu as agressões contra o ex-jogador. “Ela [Cristiana Brittes] tentava pedir ajuda, mas não tinha o que fazer. Ela não tinha como reagir naquele momento e não ia conseguir fazer nada, creio eu”, descreveu Lucas.

Na visão da testemunha, o pedido de ajuda era para o ex-jogador. “Ela pedia socorro e eu não sei dizer se o socorro era por algo que aconteceu com ela, mas, no meu entendimento, na forma como vi os fatos, o pedido de socorro era para o Daniel”, argumentou.

Ao presenciar as agressões, Mineiro também tentou pedir para que Edison parasse de agredir o jogador Daniel. Contudo, segundo o jovem, foi ameaçado pelo empresário. “No momento em que eles estavam agredindo o Daniel, eu cheguei e falei: ‘Para, para’. Ele [Edison Brittes] só olhou para mim e falou ‘sai fora’. ‘Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo'”, lembrou.

Mineiro já prestou depoimento à Justiça e foi a primeira pessoa a relatar o caso à polícia, um dia depois do crime, ocorrido no dia 27 de outubro. Seis dos sete réus estão presos desde novembro.

Medo
Dois dias depois da noite em que o ex-jogador foi executado, ele e os Brittes acabaram se encontrando em um shopping de São José dos Pinhais. Lucas Mineiro diz ter sido recebido com um beijo por Edison, também conhecido como Juninho Riqueza. “Eu já sabendo o que tinha acontecido, não tinha como olhar para ele e não cumprimentar”, afirmou o jovem.

Segundo Mineiro, Brittes queria combinar uma versão: “O elo está fechado, se alguém abrir, vou saber quem foi”. Então Lucas decidiu deixar a região de Curitiba.

Longe da capital paranaense, Lucas Mineiro faz tratamento psicológico. “Medo é o que descreve o que vivo. Tomo remédios, tenho depressão, o medo me tirou da cidade onde cresci. O que eu vi foi como se a vida não tivesse valor nenhum”, lamentou a testemunha.

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